Caracterização espectral-temporal de florestas subtropicais integrando dados multiespectrais, fitossociologicos e geomorfologicos
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Data
2023-02-03Primeiro membro da banca
Galvão, Lênio Soares
Segundo membro da banca
Bousrcheidt, Vandoir
Terceiro membro da banca
Balbinot, Rafaelo
Quarto membro da banca
Gaida, William
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O uso de dados de sensoriamento remoto para o monitoramento florestal tem avançado muito
nos últimos anos, com dados de distintas plataformas. O sensoriamento remoto tem um
potencial para fornecer informações e soluções em diferentes escalas espaciais, temporais e
resoluções espectrais, para caracterizar e monitorar a vegetação no espaço e no tempo. O
presente trabalho tem por objetivo realizar a caracterização espectro-temporal da floresta
estacional decidual presente no Parque Estadual do Turvo, integrando dados multiespectrais de
satélites e de VANT, combinados com dados geomorfológicos e fitossociológicos. A área de
estudo é uma Reserva Florestal, de proteção integral, localizada no Município de Derrubadas –
RS, no sul do Brasil. Para este estudo foram obtidos dados de sensores remotos de imageamento
aéreos e orbitais, bem como dados meteorológicos, dados fitossológicos de campo e dados
geomorfológicos. As imagens sub-métricas de VANT foram usadas como a verdade de campo,
devido a sua alta resolução espacial. Com base nas imagens VANT, foram mapeadas as copas
de árvores de forma manual, seguindo o inventário floretal. As imagens multiespectrais dos
sensores PlanetScope foram utilizadas para as avaliações através de uma série temporal de cinco
anos. Para a análise da tendência da série temporal, usou-se os índices de vegetação NDVI e
EVI. Após as análises separadas, os dados foram integrados, para fornecer dados mais precisos
sobre a dinâmica fitossociológica do Parque Estadual do Turvo. A área de estudo pode ser
considerada como plana a ondulada, com declividade máxima de 43, 8º. A altimetria do PET
apresentou uma amplitude de 339 metros, com a cota mínima de 125 metros e a cota máxima
de 464 metros. Os dados metereológicos históricos apresentam médias mensais de temperatura
e precipitação acumulada com padrões semelhantes para ambos os conjuntos de dados usados.
Foram vetorizadas neste estudo 118 copas de árvores nativas, de 36 espécies diferentes,
distribuídas nas sete parcelas amostrais analisadas, a partir das imagens sub-metricas de VANT.
A avalição da resposta espectral intracopas apresentou dependência dos efeitos direcionais. Em
geral, as faces norte e leste apresentaram maior reflectância do que as faces sul e oeste. Quanto
a análise da dinâmica espectral, foram identificados dois cenários de dinâmica com base nas
linhas de ajuste (Loess) aplicadas sobre os dados médios dos índices de vegetação por parcela.
Na parcela 1, próxima a entrada do Parque foi identificada uma tendência de queda dos índices
de vegetação de 2016 a 2021. Nas demais parcelas verificou-se uma tendência de aumento dos
índices de vegetação. Os dados de NDVI e EVI para as copas analisadas, mostraram diferenças
intra e interanuais considerando três espécies analisadas. Este estudo demonstrou que as
espécies florestais presentes no parque são dependentes das estações climáticas verão e inverno,
independentemente de serem caducifólias ou perenes. Neste estudo foi possível verificar que a
integração de dados é um caminho para a análise da dinâmica de florestas subtropicais.
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