Variabilidade da termoclina no Hemisfério Sul associada a eventos de zona de convergência do Atlântico Sul nas diferentes fases da oscilação de Madden-Julian
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Data
2023-02-10Primeiro membro da banca
Carpenedo, Camila Bertoletti
Segundo membro da banca
Santos, Daniel Caetano
Terceiro membro da banca
Lima, Fabio Ullmann Furtado de
Quarto membro da banca
Ferraz, Simone Erotildes Teleginski
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Os processos que ocorrem no oceano, tanto na superfície quanto em maiores profundidades,
são importantes para o sistema climático de todo o globo, sendo as anomalias que ocorrem nele
capazes de influenciar sistemas meteorológicos em diversas regiões. O continente sulAmericano é banhado na sua costa leste pelo Oceano Atlântico Sul, que desempenha um papel
importante nas modulações das anomalias da precipitação sobre a América do Sul. Uma melhor
compreensão da relação entre as flutuações da temperatura no oceano desde a superfície até
altas profundidades são importantes para melhor entender o tempo e clima nessa região,
principalmente na escala intrasazonal, que é amplamente analisada no Pacífico, mas pouco
abordada no Atlântico. Com isso, o objetivo deste trabalho é analisar a variabilidade da
termoclina no hemisfério sul em escala intrasazonal e sua relação com a Zona de Convergência
do Atlântico Sul. Para isso, foram definidas 10 sub-regiões: quatro sobre o continente e seis
sobre o Atlântico Sul, e foi utilizado dados de reanalises da temperatura potencial, para calcular
o perfil médio, o boxplot e o gradiente para várias profundidades do oceano. A partir disso,
foram feitas análises de ondeletas. Também foram utilizados dados diários de precipitação para
o cálculo das pêntadas, da qual foi aplicada a transformada rápida de Fourier para filtrar as
anomalias intrasazonais na faixa de 20 a 120 dias. Essas análises mostraram que as regiões mais
ao sul do continente apresentam maiores amplitudes de anomalias intrasazonais em relação às
regiões mais ao norte. As análises de boxplot e do gradiente mostram que a região tropical
apresenta a termoclina com menor variação durante o ano, podendo ser observada por todo o
período. As anomalias intrasazonais para o oceano mostraram que as regiões centradas na faixa
subtropical e no oceano sudoeste são as que mais apresentaram sinais significativos dessa
variabilidade. Essa variabilidade ocorre relacionada às regiões onde a termoclina apresentou
um comportamento sazonal, com alternância de profundidade durante o ano, o que influencia
na camada de mistura e aumentando as trocas na superfície. Com isso é possível observar que
as regiões mais ao sul do continente e do oceano apresentam sinais mais evidentes da
variabilidade intrasazonal do que as regiões mais ao norte.
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