No ir e vir da balsa: o espaço de enunciação nas paisagens linguísticas da fronteira Porto Xavier/San Javier
Data
2023-04-28Primeiro membro da banca
Silveira, Verli Fátima Petri da
Segundo membro da banca
Lemos, Marilene Aparecida
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O presente estudo está inserido na linha de pesquisa “Língua, Sujeito e História”, e
aborda a situação de contato social e linguístico na zona limítrofe de Porto Xavier (BR)
e San Javier (AR). Nosso objetivo é compreender a constituição política e identitária
do sujeito fronteiriço-missioneiro e sua relação com a língua neste espaço de
enunciação. Interessa-nos também demonstrar como a dinâmica social local, ou seja,
a vida da fronteira, possibilita uma intercompreensão no uso das línguas portuguesa
e espanhola, em especial, pelo ir e vir da balsa, que transporta pessoas e produtos,
movimentando a economia e fomentando interações sociais diversas. O espaço de
enunciação constituído no dizer desses sujeitos, no uso das línguas, inclusive do
portunhol nas práticas sociais cotidianas, faz parte da constituição da identidade do
fronteiriço. Deste modo, pretendemos responder à seguinte questão: quais são os
sentidos políticos no uso do português, do espanhol e do portunhol por falantes
fronteiriços, na zona de fronteira Porto Xavier/San Javier? Apresentaremos, num
primeiro momento, uma revisão teórica dos estudos sobre as línguas em contato nas
zonas de fronteira. Após, apresentamos nosso corpus, constituído de “Paisagens
Linguísticas” (PLs), representadas por fotografias de placas de espaços públicos e
privados, que compõem o espaço de uso das línguas e as significa politicamente.
Realizaremos uma análise interpretativa desses enunciados, sob a luz do conceito de
“Espaço de Enunciação Fronteiriço”, de Sturza (2006) e dos princípios da “Semântica
do Acontecimento”, de Guimarães (2002), utilizando como categoria analítica o
movimento das noções de “nomeação” e “designação”.
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