Cultivo de milho sob restrição hídrica, relações entre adubação nitrogenada, índices de vegetação e produtividade em ambiente irrigado e não irrigado
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Data
2023-04-29Primeiro coorientador
Swarowsky, Alexandre
Segundo coorientador
Amaral, Lúcio de Paula
Primeiro membro da banca
Silva, Emanuel Araújo
Segundo membro da banca
Carvalho, Luiz Felipe Diaz de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O cultivo de milho é uma importante atividade do agronegócio brasileiro e contribui de várias
formas para a economia do país. O objetivo da pesquisa foi utilizar tecnologias de Agricultura
de Precisão (AP) no cultivo de milho, tais como sensoriamento remoto com aeronaves
remotamente pilotadas (RPA), geração de índices de vegetação (IV), variação de doses de
nitrogênio (N) e irrigação para compreender suas relações entre si e com a produtividade. A
pesquisa foi realizada em plantio comercial de milho no Campus da UFSM em Santa MariaRS, com o híbrido Brevant B2688PWU (80.000,00 plantas ha-1
), em ambiente irrigado e não
irrigado. Foi instalado um bloco experimental de 20m x 45m em cada ambiente, sendo
instaladas quatro micro estações meteorológicas em cada bloco para monitoramento das
entradas de água (precipitação + irrigação). Houve a recomendação de irrigação pela plataforma
do Sistema Irriga, sendo aplicados somente 36,25 mm de água em três irrigações entre V5 e
V12 (11,56% do recomendado), tendo neste período -140 mm de déficit hídrico. Foram
aplicadas diferentes doses de N, com uso de NPK na semeadura e ureia (45% N), aplicada a
lanço em cobertura em V4, V7 e para a maior dose de N também em VT, sendo as doses de 30
(somente na semeadura), 122.6, 147, 180, 250 kg N ha-1
. Ao longo do ciclo produtivo (seis
estádios fenológicos) foram obtidos os IV NDVI, NDRE, NDWI, PSRI e MPRI com o sensor
multiespectral RedEdge-MX Micasense embarcado na RPA Phantom 4 DJI. Os cinco
tratamentos foram distribuídos nos blocos ao acaso, com número de repetições desbalanceado.
Em SIG foram interpolados os dados das micro estações, delimitadas as repetições dos
tratamentos e obtidos os dados dos IV por estatística zonal. Foi determinada a produtividade, a
precipitação, irrigação e água total, que juntamente com as adubações de cobertura e de doses
de N, constatadas por análise multivariada fatorial (AF) para os ambientes e experimento.
Também foram realizadas análise de correlação, regressão e ANOVA para as variáveis mais
expressivas no experimento. Na AF foi observado o efeito da baixa disponibilidade hídrica,
principalmente no ambiente não irrigado. Para o experimento, os IV MPRI, NDRE
apresentaram altas correlações positivas com entradas de água e produtividade, já com N as
correlações foram baixas. PSRI e NDWI apresentaram moderadas correlações negativas com
entradas de água, produtividade, já com às doses de N foram baixas. A ANOVA, para a
produtividade, mostrou que a entradas de água foi o fator significante (F = 123,30; p<0,001)
em relação as doses de N (F = 1,108; p=0,362). A produtividade média de grãos, no ambiente
irrigado (7,26 Mg ha-1
) foi superior ao não irrigado (3,51 Mg ha-1
) segundo o teste de Tukey
(p=0,05). As análises de regressão entre Doses de N e produtividade em BIR indicaram
(r²=0,41), em BNIR (r²=0,591) e para ambos, (r²=0,508). Conclui-se que o déficit hídrico afetou
o aproveitamento de N, os IV refletiram estresse e a produtividade foi reduzida. A irrigação
atenuou o seu efeito e houve maior produtividade no ambiente irrigado, sendo 106,84% superior
à do ambiente não irrigado.
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