Qualidade de vida dos professores do ensino público estadual do Rio Grande do Sul
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Data
2023-01-31Primeiro membro da banca
Dalmolin, Graziele de Lima
Segundo membro da banca
Cezar-Vaz, Marta Regina
Metadata
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A Organização Mundial da Saúde define a qualidade de vida como uma percepção do
indivíduo acerca da sua inserção na vida, no contexto cultural e nos sistemas de valores em
relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações, envolvendo o bem-estar
físico, psicológico, relacionamentos sociais, como trabalho, família e amigos e meio
ambiente. As atividades dos professores são caracterizadas por práticas sociais concretas,
dinâmicas, multidimensionais, interativas, sempre inédita e imprevisível, formando um
processo que sofre influências de aspectos econômicos, psicológicos, técnicos, culturais,
éticos, políticos, institucionais, afetivos e, deste modo considerando que o trabalho compõe
grande parte da vida do ser humano, influenciando direta e/ou indiretamente na qualidade de
vida. Este estudo se compõe de pesquisa transversal, com abordagem quantitativa. Os locais
para o desenvolvimento do estudo foram as escolas públicas Estaduais do Rio Grande do Sul
e os participantes os professores efetivos com regência de classe, compreendendo uma
amostra de 375 participantes com um nível de confiança de 95% e uma margem de erro de
5%. A coleta de dados foi por meio de um questionário online com duas sessões, sendo a
primeira com informações sociodemográficas e a segunda pelo instrumento WHOQOL-bref
de avaliação da qualidade de vida. A análise dos dados ocorreu pelo software SPSS versão
19.0. Foi empregada estatistica descritivas e analiticas para analise, por meio da frequência
absoluta (f), relativa (%), média e desvio padrão e as que não atenderam o pressuposto da
normalidade, foram realizados estatística não paramétrica descritas da mediana, teste de
Mann-Witney (U), intervalo interquartílico e teste de normalidade (Kolmogorov-Smirnov). O
presente trabalho foi aprovado pelo comitê de ética da UFSM conforme o parecer
consubstanciado n.º: 5.346.491. Os 1065 professores do ensino publico atuantes no RS
participantes da pesquisa em sua maioria possui um perfil sociodemográfico, do sexo
feminino, casados, de raça branca, com filhos, residem em casas próprias quitadas, a renda
familiar varia de 4 a 5 salários mínimos e possuem formação acadêmica de pós-graduação –
lato sensu, atuam no magistério na média de nove anos, vinculados ao ensino médio em carga
horária semanal de 40h de atividade laboral em uma instituição de ensino nos turnos tarde e
noite. Em relação aos hábitos e saúde, a maioria refere não fumar e recorrer a bebidas
alcoólicas às vezes, máximo uma vez na semana, a maioria refere não ter doença crônica
diagnosticada por médico, mas usa medicações continuas, não praticam exercícios físicos
regularmente, não possuem tempo para lazer e sono insuficiente. No panorama geral, os
professores apresentam uma análise de suas qualidades de vida e satisfação com a saúde ao
nível regular, no contexto das associações com os domínios físicos, psicológicos, de relações
sociais e meio ambiente, de qualidade de vida com o perfil sociodemográfico geral, laboral e
de hábitos e saúde da amostra concluiu-se que professores com muitas pessoas na mesma
residência, os turnos de trabalho tarde e noite, doenças crônicas, atendimento mental e
psicológico, com horas de sono e descanso insuficiente, pouco tempo de lazer e exercícios
físicos são significativamente potencializados de uma má qualidade de vida.
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