Fases de plastocrono e modelagem do desenvolvimento na cultura da soja
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Data
2023-07-10Primeiro membro da banca
Alberto, Cleber Maus
Segundo membro da banca
Silva, Michel Rocha da
Metadata
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Modelos agrícolas para cultura soja são muito utilizados para compreender as interações entre planta e ambiente, contudo nenhum modelo foi desenvolvido para as condições edafoclimáticas e de cultivares cultivadas no Brasil. O objetivo deste estudo foi melhorar a compreensão dos processos básicos que governam o desenvolvimento vegetativo da soja e desenvolver um modelo matemático robusto para simular a fenologia da soja. O estudo foi realizado com base em experimentos conduzidos da safra 2010/11 até 2022/23 no Brasil. O desenvolvimento vegetativo foi avaliado pelo detalhamento do plastocrono para melhor entendimento sobre o processo de emissão de nós durante a sobreposição da fase vegetativa com a reprodutiva. Cultivares de hábito de crescimento determinado foram divididas em duas fases, o plastocrono inicial (desde o primeiro nó visível, par de folhas unifolioladas, até o estágio R1) e plastocrono final (R1 até estágio R3). Para cultivares com hábito de crescimento indeterminado o plastocrono foi dividido em três fases: plastocrono inicial (desde o primeiro nó visível, par de folhas unifolioladas, até o estágio R1), o plastocrono intermediário (R1 até o estágio R3) e o plastocrono final (R3 até o estágio R5). O plastocrono apresentou diferença durante a emissão de nós em cultivares de soja de hábito de crescimento determinado e indeterminado sob diferentes regimes hídricos. Cultivares de soja de hábito de crescimento determinado e indeterminado apresentaram diferença entre os cultivos irrigados e sequeiro. Cultivares irrigadas de hábito de crescimento determinado, o plastocrono apresenta duas fases, a fase inicial de 59,7 °C dia nó-1 e a fase final de 65,7 °C dia nó-1. Em ambientes não irrigados, não há diferença entre as fases inicial e final do plastocrono. As cultivares de hábito de crescimento indeterminado com irrigação apresentam um plastocrono médio inicial e final de 64,1 °C dia nó-1, ao contrário da fase intermediária onde o plastocrono é de 58,5 °C dia nó-1. Em ambientes de sequeiro, as fases inicial e intermédia têm um valor médio de 60,6 °C dia nó-1, ao diferentes da fase final com um plastocrono de 79,4 °C dia nó-1. O modelo matemático baseado em processos genuinamente brasileiro para simular o desenvolvimento na cultura da soja, SimulaSoja, foi construído. Os estudos seguirão na jornada do desenvolvimento do SimulaSoja nos próximos quatro anos, com os processos de calibração e validação, e com o objetivo de entregar para o produtor brasileiro um modelo que represente a interação genótipo x ambiente no Brasil.
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