Dos mapas mentais à paisagem: noções de pertencimento e ensino de geografia na escola municipal de ensino fundamental Carlos Müller, em Cerro Branco - RS.
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Data
2022-08-22Autor
Altermann, Francisco Augusto
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Este trabalho foi desenvolvido sob a justificativa do número de pesquisas relacionadas à
geografia no município ser muito baixa, dada a potencialidade turística da região, com suas
belas paisagens, buscando analisar os pontos turísticos através dos mapas mentais e coletivos,
colaborando com o sentimento de topofilia. O mapa mental é uma ferramenta didática
importante para a compreensão e análise do espaço, assim, o objetivo principal do trabalho foi
analisar os pontos turísticos do município de Cerro Branco, RS, por um viés topofílico, como
ferramenta para o desenvolvimento da noção de pertencimento nas aulas de Geografia. Para a
aplicação, foram construídos previamente pelo autor três mapas, um somente com os limites
municipais, outro com uma camada do Google Maps e o terceiro com uma camada do Google
Earth Pro (colado em isopor) para a aplicação do mapa coletivo. Neste sentido, foram
desenvolvidos dois mapas mentais (prévio e posterior) e um mapa coletivo com os alunos do
6º e 7º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental Carlos Müller, de Cerro Branco, RS.
A atividade foi constituída por três etapas, onde na primeira os alunos estiveram livres para
desenhar ou representar o município da forma, criando assim o mapa mental prévio. Na
segunda etapa, foi confeccionado um mapa coletivo com pontos turísticos e paisagens
municipais sob o mapa com a camada do Google Earth Pro. Na última parte, foi desenvolvido
o último mapa mental, buscando a representação municipal através de uma nova perspectiva,
abordando os aspectos trabalhados nas atividades anteriores. Como resultado, houve uma
significativa mudança nas formas representativas dos mapas mentais, onde nos mapas prévios,
o aparecimento dos pontos turísticos foi pontual, com exceção do Morro Cerro Branco, que
apareceu em mais da metade dos mapas, e os desenhos de casas, árvores e pinturas foi um
ponto a ser destacado. Com a construção do mapa coletivo, as abordagens dos conceitos de
localização e paisagens foram reforçadas, trabalhando a percepção pessoal juntamente com a
localização das residências dos alunos sobre o mapa. Após a concretização desta etapa, ocorreu
a confecção do último mapa mental, buscando entender se a percepção espacial havia mudado
interpretativamente diante ao primeiro mapa mental criado. Obteve-se notável diferença na
representação do mapa, onde os pontos turísticos trabalhados apareceram com maior
frequência, juntamente com sua localização geográfica. Os mapas mentais no ensino da
Geografia, voltados ao estudo da paisagem e do município, como forma de interpretar a
realidade local remetida aos pontos turísticos e demais locais representativos no âmago de cada
educando, remete ao conceito de topofilia. Ademais, as práticas educativas, utilizando-se de
mapas impressos e a interação coletiva e interpretativa de conceitos Geografia, para o
entendimento do espaço, mostraram-se efetivos como ferramenta didática, podendo ainda
serem utilizados em escola sem acesso à internet ou a equipamentos tecnológicos.