A construção do planejamento regional integrado macrorregião centro-oeste do Rio Grande do Sul: o papel de um residente
Resumo
O desenvolvimento de políticas públicas em saúde é um desafio constante para os gestores e
profissionais da área. A elaboração de um Planejamento Regional Integrado (PRI) pode ser uma
importante ferramenta para o planejamento e organização dos serviços de saúde em uma
determinada região. A Macrorregião Centro-Oeste do Rio Grande do Sul é um exemplo de
região que vem trabalhando na elaboração de um PRI, coordenado pela 4ª e 10ª Coordenadoria
Regional de Saúde. A construção coletiva do PRI é fundamental para a garantia da participação
da comunidade e para o sucesso das políticas públicas em saúde. Nesse contexto, é importante
destacar a importância da metodologia utilizada na elaboração do PRI, que deve incluir a
consulta pública, o fortalecimento da gestão em saúde e o monitoramento contínuo. A
participação ativa dos diferentes atores envolvidos, como gestores, profissionais de saúde e
usuários, é fundamental para a identificação das necessidades e prioridades locais em saúde e
para a definição das estratégias de intervenção prioritárias. Este artigo tem como objetivo relatar
a vivência de um residente na análise, coordenação e elaboração do documento PRI
Macrorregião Centro-Oeste do Rio Grande do Sul. Trata-se de um estudo descritivo, qualitativo,
do tipo relato de experiência, com base no trabalho cotidiano realizado e na construção de
estratégias para produção de um documento institucional, a partir de etapas de planejamento e
gestão. Como potencialidades, pode-se destacar o caráter coletivo dele, bem como a
corresponsabilização dos diversos atores envolvidos. Destaca-se também os aspectos
de originalidade da metodologia e do trabalho, pois sendo uma construção autoral e coletiva da
equipe que conduziu o processo. Outra potencialidade apontada foi a abertura de espaços de
encontro e reflexão entre os gestores e trabalhadores da SES e demais atores envolvidos, que
poderão agenciar novas formas de operar a gestão estadual do SUS, tomando-se como base a
perspectiva e criação de grupos de trabalho com o potencial de análise e mobilização, e
a constituição de novas estratégias considerando-se as necessidades de saúde da população.
Como limites, ficam apontadas as fragilidades e questões institucionais das próprias
Coordenadorias, devido à distância geográfica, bem como o excesso de demandas locais, o que
fazem com que seja necessário um grupo menor de coordenação do processo. A partir dessa
vivência, é possível compreender a importância do trabalho em equipe, da articulação entre
diferentes atores e entidades e da troca de conhecimentos e experiências para a construção
coletiva de políticas públicas em saúde.
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