Potencial farmacológico dos ácidos cafeico e ferúlico na sobrecarga de ferro e na doença diabética: abordagem in silico e in vivo
Fecha
2023-08-18Primeiro membro da banca
Branco, Cátia dos Santos
Segundo membro da banca
Santos, Gabriela Trevisan dos
Terceiro membro da banca
Mansur, Michel Machado
Quarto membro da banca
Brucker, Natália
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
O ferro (Fe) e a glicose (GLI) são elementos primordiais para a maioria das formas
de vida. Porém, o aumento progressivo leva, inevitavelmente, a condições
patológicas como a sobrecarga de Fe e a doença diabética. A terapia
medicamentosa consiste na utilização de quelantes e antidiabéticos, todavia, os
fármacos disponíveis possuem inúmeras restrições de uso e efeitos adversos,
tornando a terapia insatisfatória. Devido às dificuldades estabelecidas, viu-se a
necessidade de novas pesquisas. Estudos recentes demonstram que compostos
fenólicos estão em destaque nesta busca. Dentre estes, encontram-se o ácido
cafeico (CA) e ácido ferúlico (FA), conhecidos pela sua atividade antioxidante, antiinflamatória, antimicrobiana, imunomodulatória, antitumoral, hepatoprotetora,
nefroprotetora e neuroprotetora já descritas na literatura. Assim, objetivou-se avaliar
o comportamento dos compostos CA e FA in silico e in vivo. Para isso, a avaliação
de risco toxicológico in silico foi realizada através das ferramentas pkCSM, lazar,
OSIRIS, ProTox-II e admetSAR, e também foram desenvolvidos modelos
farmacofóricos do CA e FA frente as proteínas envolvidas no metabolismo do GLI e
do Fe via docking molecular. Os resultados obtidos na predição in silico não
demonstraram efeitos toxicológicos significativos. Posteriormente, foram
desenvolvidos dois estudos in vivo com ratos Wistar. No primeiro estudo, os grupos
induzidos receberam Fe dextran e os grupos tratados CA, FA e CA+FA (10
mg/kg/dia) e o grupo droga padrão recebeu desferroxamina (DFO). Foram
analisados parâmetros bioquímicos, hematológicos e marcadores de estresse
oxidativo. O modelo experimental mostrou níveis aumentados de Fe sérico e
alterações em vários parâmetros como GLI, marcadores de dano hepático e
cardíaco. O CA demonstrou controlar melhor os efeitos da sobrecarga de Fe e a
associação de ácidos não demonstrou sinergismo. O docking mostrou que a
anidrase carbônica interagiu com as moléculas teste e o CA apresentou menor gasto
de energia nessa interação. No segundo estudo, para induzir diabetes, os animais
receberam estreptozotocina (STZ) (55 mg/kg), grupos tratados receberam CA e FA e
CA+FA na dose de 10 mg/kg/dia, e os grupos controle receberam volume
equivalente de água filtrada ou metformina (100 mg/kg). Os animais tratados
apresentaram melhora na glicemia e nos marcadores bioquímicos quando
comparados aos animais não tratados. O docking mostrou que a inibição da αglicosidase é possivelmente a causa da melhora na doença diabética. Com base
nesses resultados, há indicações de que o CA e FA podem ter potencial terapêutico
no tratamento de doenças, como a doença diabética e sobrecarga de Fe.
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