Efeito de diferentes protocolos de treinamento físico em modelo experimental de osteoartrite
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Data
2023-09-21Primeiro membro da banca
Royes, Luiz Fernando Freire
Segundo membro da banca
Lima, Frederico Diniz
Terceiro membro da banca
Silva, Morgana Duarte da
Quarto membro da banca
Bertol, Charise Dallazem
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A osteoartritre é caracterizada como uma doença articular crônica e degenerativa, afetando cerca de 50%
da população idosa, sendo associada à dor e alterações morfológicas e bioquímicas. Sabe-se que o
exercício atua como forma terapêutica não invasiva, através dos seus diversos benefícios, como melhora
da massa e função muscular, remodelação e preservação óssea, entre outros. No entanto, não são
encontrados na literatura comprovação do benefício quando relacionado o treinamento aquático, ou
treinamento de força, ambos amplamente prescritos e indicados para a população idosa e com
osteoartrite. Nosso objetivo foi de observar parâmetros relacionados ao comportamento doloroso, edema
e morfologia óssea (artigo 1), além de analisar o perfil oxidativo-antioxidante (artigo 2) em um modelo
de osteoartrite induzida por uma única injeção de monoiodoacetato de sódio, no joelho de ratos machos,
e verificar o real e possível benefício do treinamento aquático e de força sobre estes parâmetros
mencionados. Os animais foram divididos em: grupo controle (C), grupo lesão com monoidoacetato de
sódio (MIA), M + treinamento aquático (M+AT), M + treinamento de força (M+ST) e M+ controle
positivo – Diclofenaco de sódio (M+Dic). Observamos no artigo 1 que os animais do grupo M
apresentaram alterações compatíveis com a doença humana, como dor, edema e degradação óssea. O
grupo M+AT não foi eficaz em alterar parâmetros relacionados a dor, edema e morfologia óssea,
enquanto que no grupo M+ST os parâmetros analisados foram atenuados, bem como apresentaram
aumento na força e função muscular, não observados pelo treinamento aquático. Com relação ao grupo
M+Dic, não foram observadas alterações significantes quando relacionados com ao comportamento,
além de não ser observado alterações a níveis histopatológicos. No artigo 2, observamos que o grupo M
apresentou características semelhantes a estudos da literatura, como maior perfil oxidativo em fígado,
rim, plasma e tronco encefálico. Os treinamentos novamente apresentaram alterações diferentes das
encontradas na literatura, mostrando que o grupo M+AT apresentou atenuação do status redox pela
neutralização da toxicidade do monoidoacetato de sódio, observada em rim, plasma e tronco encefálico.
Não foram observadas alterações na atividade enzimática antioxidante e nos parâmetros
histopatológicos avaliados. No entanto, novamente o grupo M+ST apresentou benefícios mais
significativos nos seus resultados, demonstrando que o treinamento reduziu status oxidativo pelo mesmo
mecanismo do treinamento aquático, porém, com aumento na atividade enzimática antioxidante e no
aumento da massa muscular, sugerindo a melhora dos parâmetros histopatológicos avaliados, através
deste conjunto de dados. Ainda, observamos alterações especificas dos treinamentos em fígado (grupo
M+AT) e rim (M+ST) quando relacionados com a produção de espécies reativas de oxigênio, denotando
a consistência nas características dos exercícios propostos. Neste sentido, concluímos que o treinamento
aquático, apesar do grande consenso clinico demonstrar sua superioridade para pacientes idosos com
OA, nossos dados sugerem que o treinamento de força foi mais efetivo, melhorando os parâmetros
avaliados, e através destes, preservando maior a estrutura óssea dos animais com osteoartite, e sugerindo,
portanto, ser o treinamento mais indicado para este grupo em especifico.
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