História e memória na disciplinarização da ciência linguística no Brasil: um estudo a partir de entrevistas com linguistas
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Data
2023-07-31Primeiro membro da banca
Scherer, Amanda Eloina
Segundo membro da banca
Cervo, Larissa Montagner
Terceiro membro da banca
Fragoso, Élcio Aloisio
Quarto membro da banca
Massmann, Débora Raquel Hettwer
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O presente trabalho transcorre pensando o curso de produção do conhecimento linguístico no Brasil, um processo que, a partir de meados do séc. XX, começa a estimular o processo de institucionalização e disciplinarização da ciência linguística no Brasil, há a “importação” de especialistas da Alemanha, da França e de Portugal na década de 1930, a criação de importantes universidades, o aumento do número de professores brasileiros de Linguística e criação de Cursos de Letras, favorecendo o iminente crescimento da produção científica no país que já estava em progresso, antes mesmo de termos professores de Linguística, e que prossegue com a organização e estruturação desses estudos validando uma disciplinarização, um trabalho, portanto, de história e memória. Com o intuito de compreender como se deu esse processo e a historicização que envolve, de início, a institucionalização da Linguística, tomamos como base teórica a Análise de Discurso (AD) de perspectiva materialista - fundada por Michel Pêcheux na década de 1960 e difundida por Eni Orlandi no Brasil – em articulação com a História das Ideias Linguísticas (HIL). Para responder nossa questão de pesquisa que é compreender qual seria o papel da memória na disciplinarização da Ciência Linguística no Brasil, buscamos analisar entrevistas com renomados pesquisadores que desempenharam/desempenham papel fundamental na história e contribuíram/contribuem para o desenvolvimento dos estudos linguísticos, a saber, são eles: Aryon Dall’igna Rodrigues, Eduardo Guimarães, Eni P. Orlandi, Izidoro Blikstein, José Luiz Fiorin e Leonor Scliar. Com base nos discursos desses pesquisadores, através da rememoração que se dá por efeito de sua relação com o interdiscurso, em entrevistas elaboradas por pesquisadores do Laboratório Corpus - Laboratório de Fontes de Estudos da Linguagem (Lab. Corp) – PPGL/UFSM e publicadas pela Revista Fragmentum (UFSM), vamos à busca de seus pilares de formação, ou seja, seus predecessores que, por vezes, não são apresentados com devido destaque na(s) história(s) da Linguística brasileira, mas tiveram tanto mérito quanto seus discípulos e alunos para o desenvolvimento de uma Linguística com características próprias, bem como para a institucionalização e disciplinarização da mesma enquanto ciência.
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