Impacto moderador do capital social na relação entre nível socioeconômico e qualidade de vida relacionada à saúde bucal de gestantes
Fecha
2023-10-20Primeiro coorientador
Knorst, Jessica Klockner
Primeiro membro da banca
Tuchtenhagen, Simone
Segundo membro da banca
Tomazoni, Fernanda
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A gestação é um momento importante da vida, onde as mulheres apresentam grandes mudanças
fisiológicas, psicológicas e comportamentais deixando-as mais vulneráveis a problemas em sua
saúde em geral. Além disso, para mulheres mais propensas, essas alterações podem favorecer
a ocorrência de condições bucais adversas e afetar a Qualidade de Vida Relacionada à Saúde
Bucal (QVRSB). Além das condições clínicas bucais, fatores psicossociais, vem ganhando
destaque na literatura como preditores para a saúde bucal. Nesse contexto, destaca-se o capital
social (CS), que é conceituado como condições investidas e produzidas por relacionamentos e
redes sociais e seu sentido para indivíduos e grupos; e pode ser classificado como CS individual
e CS contextual. Nesse contexto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito que o capital
social individual exerce sobre a relação entre renda familiar e QVRSB de gestantes do
município de Santa Maria no Rio Grande do Sul. Este estudo apresenta um delineamento
transversal e dados sociodemográficos, econômicos, psicossociais e comportamentais foram
coletados por meio de questionários estruturados. O questionário Oral Health Impact Profile
(OHIP-14) foi empregado para avaliar a QVRSB. O CS foi avaliado pela versão adaptada do
S-ASCAT. Examinadores treinados e calibrados avaliaram as condições clínicas. Além da
análise descritiva, modelos de regressão de Poisson em multinível foram utilizados para avaliar
o efeito moderador do CS na relação entre renda familiar e QVRSB. Resultados: Foram
avaliadas 520 gestantes (taxa de resposta de 93%). Ambas as dimensões da CS demonstraram
efeito moderador na relação entre renda e QVRSB. Entre as participantes com baixa renda
familiar, aquelas sem apoio social e que não frequentam o grupo de gestantes, apresentaram,
respectivamente, 44% [RR 1,44 (95% CI 1,22-1,72)]e 22% [RR 1,22 (IC 95% 1,05-1,42)]
impacto mais negativo na QVRSB do que suas contrapartes. Conclusão: Nossos achados
mostraram que a falta de ambas as dimensões da CS intensificou a associação de baixa renda e
baixa QVRSB entre gestantes. Sugere-se que a presença de CS cognitivo e estrutural poderia
atuar como fator de proteção em condições socioeconômicas adversas.
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