Autoempreendedorismo, empoderamento e precariedade: mulheres feirantes e as possibilidades de geração e manutenção de renda frente à crise da pandemia da covid-19
Fecha
2023-09-01Primeiro membro da banca
Busso, Marina
Segundo membro da banca
Nascimento, Janaína Xavier do
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As modificações no mercado de trabalho brasileiro advindas do processo de
reestruturação produtiva marcaram significativamente o início da acumulação
flexível, gerando implicações para a “classe-que-vive-do-trabalho”, e ainda mais para
a vida das mulheres trabalhadoras brasileiras. Com a pandemia da Covid-19 o
cenário trabalhista também sofre diferentes implicações, como, principalmente, o
aumento do desemprego. Na cidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, logo nos
primeiros meses de pandemia houve cerca de 10 mil demissões, sendo 4 mil em
apenas 30 dias. Uma das alternativas encontradas pelos trabalhadores foi o trabalho
por conta própria, autogerenciado e informal, que, atualmente corresponde a cerca
de 39,6% da população brasileira ocupada, categoria em que 70% são mulheres, e é
nesse cenário que o empreendedorismo se propaga como alternativa. Nesse
sentido, a seguinte pesquisa visa compreender de que maneira se deu a busca pelo
trabalho informal, quais as suas implicações e a relação entre empreendedorismo e
empoderamento, a partir de relatos de mulheres feirantes do Feito por Mulheres,
uma organização coletiva em formato de feira, que surgiu no cenário de pandemia
na cidade de Santa Maria, sendo uma proposta de geração de renda somente para
mulheres. Essa pesquisa também aborda as dinâmicas de micro resistência frente à
crise do trabalho e a percepção das feirantes sobre a modalidade informal e formal
no Brasil, além de problematizar sobre os limites do trabalho por conta própria, a
influência da trajetória familiar e a construção da identidade empreendedora. Para a
construção dessa pesquisa foi utilizado um referencial teórico marxista, bem como
leituras da sociologia do trabalho, e, em grande parte, as contribuições do feminismo
materialista e classista. A metodologia escolhida é a qualitativa, com utilização de
entrevistas semi-estruturadas, questionário socioeconômico e observação
participante em algumas edições da feira.
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