Modelo de teleatendimento psicológico a adultos e pessoas idosas de comunidades tradicionais do Amazonas durante a pandemia da covid-19
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Data
2023-10-04Primeiro coorientador
Jung, Ivo Emílio da Cruz
Primeiro membro da banca
Brito, Kennya Márcia dos Santos Mota
Segundo membro da banca
Azzolin, Verônica Farina
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A pandemia da COVID-19 causou impacto também nas populações
tradicionais. A expectativa inicial seria que o maior impacto ocorreria nas regiões mais
populosas do Brasil, o impacto da COVID-19 foi mais significativo na Região Norte,
principalmente no Amazonas onde se concentram grande parte dos povos tradicionais.
OBJETIVO: Desenvolver um modelo de telecuidado psicológico a adultos e pessoas idosas
de comunidades tradicionais. METODOLOGIA: Pesquisa-ação, aprovada por comitê de
ética (CAE 479.142.21.1.1001.50-16). Realizada a partir da parceria Fundação Universidade
Aberta da Terceira Idade e Fundação Amazônia Sustentável, no período de maio de 2020 a
dezembro de 2022. Subdividida em três componentes. A primeira parte apresenta contexto
anterior à pandemia da COVID-19 relacionado ao serviço de saúde mental e indicadores
epidemiológicos das populações indígenas e pardas do Amazonas. A segunda parte descreve a
organização de um modelo de teleatendimento psicológico a comunidades tradicionais no
Amazonas, estruturado a partir de experiências anteriores de teleatendimento; a terceira parte
apresenta uma validação preliminar do modelo aplicado em 16 municípios distribuídos em
microrregiões do Amazonas. RESULTADOS: Na pré-pandemia as etnias pardas, negras e
indígenas apresentavam baixa assistência à saúde mental e taxas de suicídio superiores às do
Brasil. O modelo foi estruturado a partir de estratégias integradas: teleconhecer; teleplanejar;
teleagir e teletransformar. Agentes Comunitários de Saúde (ACS) fizeram a ponte entre as
populações que necessitavam de atendimentos e os profissionais psicólogos. Para que
pudessem ter esta atuação 60 ACS foram capacitados através de tele-educação. Resultados em
geral, demonstram a dificuldade no acesso a serviços de saúde inclusive pela distância física
das comunidades, falta de profissionais de saúde qualificados, baixos índices de
desenvolvimento humano e aspectos culturais podem ser fatores de impacto a saúde mental
das populações na pandemia. Foram 469 atendimentos psicológicos realizados, as principais
queixas foram: as principais hipóteses diagnósticas. Chamamos atenção para o fato de 95%
das pessoas relataram não ter tido contato e acompanhamento prévio com psicólogos. As
principais queixas verbalizadas pelos participantes em relação a saúde mental, dentre elas
foram ansiedade, insônia, conflitos familiares, dor de cabeça, esquecimento, irritabilidade,
estresse e luto; na hipótese diagnósticas destacamos ansiedade, conflitos familiares,
depressão, esgotamento físico e emocional, estresse e luto; dentre esse universo, as pessoas
idosas está representada por 6%, um total de 28 participantes, e suas principais queixas foram
ansiedade, depressão, estresse e luto. CONCLUSÃO: Este modelo é pioneiro de
teleatendimento psicológico a comunidades tradicionais brasileiras. Destaca-se que mesmo
que o sistema de saúde universal e gratuito tenha sido implementado em 1988, o “SUS na
Floresta” só chegará se seguir caminhos digitais e inovadores.
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