Associação com Tuber spp. e/ou Trichoderma sp. em nogueira-pecã
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Data
2023-10-19Primeiro membro da banca
Freiberg, Joice Aline
Segundo membro da banca
Fronza, Diniz
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O Rio Grande do Sul desempenha um papel importante na produção da
nogueira-pecã, sendo responsável por cerca de 70% da produção nacional, e
apresenta alto potencial para a truficultura. Além disso, abriga
aproximadamente 90% das indústrias de processamento relacionadas a
cultura. A possibilidade de cocultivar trufas e noz-pecã comercialmente vem
ganhando espaço nacional, desde da descoberta da Tuber floridanum, primeira
espécie descoberta no Brasil, sendo o gênero considerado iguaria na
gastronomia. Os objetivos deste estudo foram: a) caracterizar a micorrização
de duas espécies de trufas, Tuber aestivum e Tuber brumale, bem como as
propriedades físico-químicas de um pomar de nogueira-pecã, e b) estudar a
inoculação com Tuber floridanum e Trichoderma sp. em mudas de nogueirapecã. Foram realizadas o levantamento histórico e a caracterização do solo do
pomar de nogueira-pecã localizado na UFSM. Avaliou-se parâmetros químicos,
de densidade e de porosidade do solo cujo pomar tinha sido inoculado com
Tuber aestivum e Tuber brumale em 2018. Realizou-se a identificação das
associações micorrizicas com as Tuber spp. e ectomicorrizas nativas. Houve
percentual de associação micorrízica nas raízes, sendo 15,58% de associação
com T. brumale e 13,33% com T. aestivum. Não foram observadas a presença
de ascomas sob a projeção da copa das nogueiras-pecã. Nas características
físico-química destaca-se o pH que variou de 6,3-6,8; fósforo de 157 a 304
mg/dm3 e; potássio variando de 268 a 360 mg/dm3
. Pode-se afirmar que as
Tuber spp. apresentam potencial de associação com plantas de nogueira-pecã.
Outro estudo foi em casa de vegetação, onde foram testados os seguintes
tratamentos: nogueira-pecã, sem inoculação (T1), nogueira-pecã inoculada
com T. floridanum (T2), com T. floridanum e Trichoderma (T3) e com
Trichoderma (T4), onde foram avaliados os parâmetros de crescimento das
mudas e taxa de colonização por ectomicorrizas. O total de micorrizas para os
tratamentos foram de 45,37%, 74,47%, 68,33% e 62,41% para T1, T2, T3 e T4,
respectivamente. O Trichoderma influenciou nas taxas de micorrização e no
desenvolvimento da raiz de nogueira-pecã. Não houve diferença significativa
na altura e diâmetro das mudas. A inoculação dos fungos não influenciou o
comprimento da raiz primaria da nogueira-pecã, mas alterou a MS da raiz,
devido as raízes secundárias. Portanto, o uso de Trichoderma com Tuber
floridanum apresenta potencial para o desenvolvimento de mudas de nogueirapecã.
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