Estudo quanti-qualitativo da autopercepção de ageismo por pessoas idosas durante a pandemia da covid-19 no Amazonas
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Data
2023-09-06Primeiro coorientador
Azzolin, Verônica Farina
Primeiro membro da banca
Barbisan, Fernanda
Segundo membro da banca
Brito, Kennya Márcia dos Santos Mota
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O Brasil foi um dos países mais impactados pela pandemia da COVID-19, em
especial o Estado do Amazonas, que teve seu ápice entre maio de 2020 e fevereiro
de 2022. A idade avançada logo foi reconhecida como um dos principais fatores de
risco de evolução de complicações clínicas e morte, relacionados à comorbidades
pré-existentes. Nesse contexto, o preconceito relacionado à idade existente, tornouse mais evidente durante a pandemia. A formação de estereótipos negativos e
ageistas podem ser à base da construção preconceituosa em relação à velhice que
vem a culminar na discriminação e até mesmo na violência. Isto posto, em todo o
mundo foram e continua a ser realizados estudos baseados na autopercepção desse
segmento populacional sobre o ageismo durante o período pandêmico. Nesse
sentido, é relevante que estes estudos também sejam realizados com a população
brasileira, em particular a amazonense, foco deste estudo. O objetivo principal foi
avaliar a autopercepção das pessoas idosas em relação ao ageismo durante a
pandemia da COVID-19 no Estado do Amazonas. A pesquisa foi conduzida através
de um estudo quanti-qualitativo relacionado à autopercepção de pessoas idosas
sobre situações de ageismo durante a pandemia da COVID-19. O estudo
quantitativo do tipo epidemiológico observacional e transversal, envolveu a
aplicação da Escala Ageismo na Pandemia COVID-19 (EA-COVID-19) modificada a
partir do instrumento Ageism Survey (Palmore, 2000).O estudo qualitativo foi
composto por questões abertas relacionadas às experiências de ageismo durante a
pandemia da COVID-19. Ambos os estudos foram conduzidos em uma população
composta por pessoas idosas com idade igual ou superior a 60 anos, em que foram
incluídos homens e mulheres socialmente ativos, participantes regulares das
atividades da Fundação Universidade Aberta da Terceira Idade (FUNATI) do
Amazonas. Como resultados obteve-se que a maioria dos entrevistados (61,4%)
concordou que sofreu um ou três situações de ageismo. As duas questões de
autopercepção de ageismo mais frequentes foram os de que a Pandemia piorou a
discriminação e o preconceito contra a pessoa idosa seguido da autopercepção de
ter se sentido discriminado por profissionais de saúde devido a sua idade. Na
análise qualitativa viu-se o ageismo mesoestrutural e macroestrutural, de origem
explícita em sua maioria. Ao concluir que 75% dos entrevistados sofreram duas ou
mais situações de ageismo, caracteriza o motivo do ageismo vir ganhando a atenção
de órgãos e instituições ligadas à pessoa idosa, dos pesquisadores e da sociedade
de modo geral.
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