Inoculação e coinoculação de microrganismos via semente e sulco de semeadura na soja em terras baixas
Fecha
2023-08-03Primeiro coorientador
Martin, Thomas Newton
Primeiro membro da banca
Osorio Filho, Benjamin Dias
Segundo membro da banca
Fipke , Glauber Monçon
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
A soja cultivada em áreas de terras baixas está em constante expansão, sendo rotacionada nos
solos arrozeiros do Rio Grande do Sul, principalmente devido à valorização econômica e os
benefícios gerados ao arroz. No entanto, em terras baixas a soja pode ser afetada por diversos
estresses, logo é imprescindível a adoção de ferramentas integradas de ordem física, química e
biológica para a solução de problemas agrícolas. A utilização de bioinsumos pode ajudar na
fixação biológica de nitrogênio, promoção do metabolismo da planta, diminuir incidências de
doenças, dentre outras. Porém, a forma como irá ser disponibilizado poderá influenciar na
eficiência do mesmo. Com isso, objetivou-se avaliar os efeitos da inoculação e coinoculação
de Bradyrhizobium japonicum com microrganismos multifuncionais na cultura da soja, e a
melhor forma de aplicação destes via tratamento de sementes e sulco de semeadura em
ambiente de terras baixas. No primeiro capítulo, foi realizado um experimento em casa de
vegetação, na área didático experimental de Várzea da UFSM, utilizando o delineamento
experimental inteiramente casualizado, com quatro repetições e dez tratamentos: 1)
Testemunha (sem inoculação); 2) Bradyrhizobium japonicum (Bj); 3) Bj + A. brasilense; 4) Bj
+ T. asperelloides; 5) Bj + P. fluorescens; 6) Bj + B. subtilis; 7) Bj + B. pumilus; 8) Bj + B.
amyloliquefaciens; 9) Bj + B. megaterium; 10) Bj + Bio bokashi. Aos 50 dias após a
instalação, foram realizadas avaliações biométricas, fisiológicas e químicas nas plantas. Os
resultados identificaram que a inoculação e coinoculação de microrganismos não interfere na
parte aérea e nos teores de NPK do tecido foliar das plantas, mas, influência positivamente o
sistema radicular. A inoculação de B. japonicum apresenta incrementos médio de 60,8% na
massa seca das raízes (MSR), 60,7% no número de nódulos (NN) e 66,6% no volume
radicular (VR), apresentando também, maior taxa líquida de assimilação de carbono e
eficiência do uso da água. As coinoculação com as demais bactérias estimula um maior aporte
de massa seca de raiz nas plantas, com destaque para o A. brasilense a qual incrementou
MSR, NN e VR quando comparada a inoculação simples, sendo está uma boa escolha para
coinoculação. No segundo capítulo, foram realizados dois experimentos a campo, um no
município de Santa Maria-RS e outro em Candelária-RS, utilizando o delineamento
experimental de blocos ao acaso em parcela subdividida, bifatorial 2 x 8, com quatro
repetições. Nas parcelas principais foram distribuídas duas formas de aplicação: (semente e
sulco de semeadura) e nas subparcelas oito associações entre microrganismos: 1) Testemunha;
2) Bj; 3) Bj + A. brasilense; 4) Bj + T. asperelloides; 5) Bj + P. fluorescens; 6) Bj + B.
subtilis; 7) Bj + B. amyloliquefaciens; 8) Bj + B. megaterium. Realizou-se mensurações de
variáveis biométricas, fisiológicas, químicas nas plantas e de produtividade de grãos. Com os
principais resultados obtidos, observa-se que a inoculação com B. japonicum é eficiente e a
coinoculação com bactérias em especial com o A. brasilense, apresenta efeitos positivos no
sistema radicular das plantas, na taxa de cobertura do dossel vegetativo e na produtividade de
grãos de soja, principalmente quando aplicada no sulco de semeadura.
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