Manifestações do cômico em romances de Bernardine Evaristo
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Data
2023-12-15Primeiro membro da banca
Silva, Denise Almeida
Segundo membro da banca
Umbach, Rosani Úrsula Ketzer
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Esta dissertação busca trazer reflexões sobre a intersecção entre a comicidade e a identidade
em dois romances de Bernardine Evaristo, escritora negra, cujo foco de escrita reside na
representação de questões atreladas aos fluxos migratórios. Para a análise, foram escolhidas as
narrativas de Blonde Roots (2010) e Garota, Mulher, Outras (2020). A primeira encena a
escravidão a partir da sátira, em que há uma inversão nos papéis de escravo e senhor narrados
por Doris e Kaga. Já a segunda reflete sobre o entrecruzamento da vida de várias personagens
negras, em sua maioria mulheres e que enfrentam situações de vulnerabilidade e violência.
Em cada uma delas, o embate entre grupos é frequente, ressaltando situações de inclusão e
exclusão. Ao mesmo tempo, as tentativas de inclusão propiciam o aparecimento da agência. O
método de análise desta pesquisa consiste em observar a manifestação cômica nas seguintes
esferas: impulsos memoriais, pensamento hegemônico, figuras de autoridade, papéis de
gênero, indícios de agência e formulações da subjetividade. Para tanto, são utilizadas as
proposições teóricas e conceituais de Mikhail Bakhtin (1987), Henri Bergson (2018) Vladimir
Propp (1992), dentre outros, a fim de compreender o conceito de comicidade empregado nos
romances de Evaristo. No que diz respeito ao campo das identidades e da discussão sobre a
inclusão e exclusão, vozes como Bauman (2005), Appiah (2018), Dijk (1998), Palumbo-Liu
(2000) e Silver (1994) são fundamentais para a compreensão da relação entre os conceitos.
Em suma, busca-se discutir como tais discussões resultam na utilização do cômico como um
mecanismo para representar a repressão.
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