Da Carta à rainha louca ao Mar de rosas: o presentemente feminino e os desafios da história
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Data
2023-12-18Primeiro membro da banca
Silva, Kátia Carvalho da
Segundo membro da banca
Silva, Ana Cláudia de Oliveira da
Terceiro membro da banca
Zamberlan, Lucas da Cunha
Quarto membro da banca
Felippe, Renata Farias de
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A relação da mulher com o tempo de sua existência na ficção, com fundo histórico setecentista é o impulso reflexivo deste estudo, que tem como principal base a voz/escrita denunciadora de Isabel, personagem do romance epistolar Carta à rainha louca (2019), de Maria Valéria Rezende. Para estabelecer comparação intertemporal e interartística, representativa dessa era da imagem, escolhemos Felicidade, do filme Mar de rosas (1977), de Ana Carolina, para demarcar, cronologicamente, possibilidades de aproximações e/ou distanciamentos entre as personagens e acontecimentos ficcionais/históricos lidos a partir da perspectiva do ser mulher no mundo. O problema teórico que a tese responde envolve a limitada relação do efeito do tempo tripartido sobre essas mulheres e a elaboração de uma autoconsciência delas de estar no “aqui e agora patriarcal”. A isso chamamos presentemente, tempo de um alertar consciente indicativo de que as “mulheres objetos” de um contexto por força da ordem de mundo estabelecida são as mesmas atuantes, agentes de mudanças necessárias para uma vivência no além da repetição tradicionalista. Temos por metodologia a análise crítica e comparada tecida de modo a compreender as personagens e suas aflições de lida com a temporalidade. Analisamos os escritos e as vozes na epístola e no filme, observando os desdobramentos ficcionais da narração de suas existências diante das concepções de tempo e da perlaboração desse outro, presentemente. Nessa intenção, refletimos sobre a relação mulher/tempo narrativo e mulher/tempo histórico, transitando por esse conjunto discursivo cultural para compreendermos a ação da cena e suas mediações simbólicas porque é do tempo histórico que se toma por empréstimo o tempo da ação. A base teórica que fundamenta o tempo na pesquisa discute, no viés da crítica feminista contemporânea, contribuições de Paul Ricoeur (2010), Gilles Deleuze (2012; 2021), Giorgio Agamben (2021), e outros; na ponte pela necessária discussão histórica, social e política que o romance exige, buscamos Mary del Priore (2019; 2020), Liana Reis (1989), Flávia Biroli (2014), Carla Akotirene (2020), Virgínia Woolf (2019), Pierre Bourdieu (2018), e Sueli Carneiro (2011).
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