A projeção chinesa no Cone Sul e seus desdobramentos para a hegemonia Norte-Americana
Resumo
O presente trabalho tem como tema a projeção da China no Cone Sul da América (Argentina, Brasil, Chile, Paraguai e Uruguai) e a comparação de indicadores entre os Estados Unidos e a China nesta região. O problema de pesquisa se relaciona com a histórica influência dos EUA sobre os países sul-americanos, com a pergunta que guia o trabalho sendo: a atual inserção da China no Cone Sul pode ser vista como um indicativo da crise da hegemonia americana? A hipótese é de que a influência da China no Cone Sul pode ser vista como sinalizadora do declínio da hegemonia americana, pois transforma as relações tradicionais existentes. O objetivo principal deste estudo é a análise dos indicadores dos EUA e China no Cone Sul abordando as dimensões de coerção, pagamento (gravitação econômica) e cooptação, para determinar até que ponto a influência dos EUA diminuiu e a da China aumentou. A justificativa para este estudo reside no aumento do interesse chinês na região desde 2008, bem como na necessidade de compreender como a dinâmica das Relações Internacionais está mudando no contexto da rivalidade entre EUA e China. A pesquisa tem como metodologia a abordagem hipotético-dedutiva, método de procedimento histórico comparativo e técnicas de pesquisa bibliográfica e documental, e tem como fundamento teórico o uso de teorias sistêmicas, como a teoria dos Ciclos Sistêmicos de Acumulação de Arrighi. A partir da análise dos resultados, obteve-se que em todos os indicadores houve uma mudança nas capacidades de poder, com a China aumentando significativamente desde 2009 até 2019. No entanto, foi nas capacidades econômicas e políticas que essas transformações foram mais significativas.
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