Política externa chinesa e Primavera Árabe: peacebuilding na relação China-Tunísia (2011-2022)
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Data
2023-12-14Autor
Pinton, João Pedro Matzenbacher
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Esta pesquisa teve como objetivo analisar a política externa chinesa, utilizando o conceito de peacebuilding com características chinesas, por meio de um estudo de caso focado na atuação da China na Tunísia entre 2011 e 2022. Um mecanismo causal foi desenvolvido, utilizando process tracing e lógica de inferência bayesiana de Beach e Pedersen (2013), para compreender a transmissão das “forças causais” entre variáveis. Três objetivos específicos foram delineados, acompanhados por duas hipóteses: que a atuação chinesa pode ser explicada por ideias, ideologias e experiências históricas associadas ao peacebuilding com características chinesas, e que há um propósito dual nessa prática, visando à difusão de normas chinesas e à integração de normas internacionais. A base teórica incluiu conceitos de peacebuilding, como proposto por Adhikari (2021), e elementos ligados à contestação/integração de normas internacionais. Uma análise retrospectiva histórica, fundamentada em obras de Fairbank (1969), Shambaugh (2020), Westad (2020) e Freeman Jr. (2020), revelou dissonâncias em relação à lógica de priorização regional inseriu a prática no contexto mais amplo da história da política externa chinesa. A análise empírica corroborou a validade do modelo de peacebuilding com características chinesas, destacando o papel da ideologia de estabilidade e do desenvolvimento econômico. Recomendações para pesquisas futuras incluem estudos comparados entre países e uma investigação mais profunda sobre as atividades de Organizações Não-Governamentais (ONGs) chinesas na política externa.
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