Estudo das interações parasitos-hospedeiro em morcegos provindos de ambientes urbanos no Rio Grande do Sul, Brasil
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Data
2024-03-11Primeiro coorientador
Botton, Sônia de Avila
Primeiro membro da banca
Lourenço, Elizabete Captivo
Segundo membro da banca
Vogel, Fernanda Silveira Flores
Terceiro membro da banca
Santos, Helton Fernandes dos
Quarto membro da banca
Horta, Maurício Cláudio
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O presente trabalho investigou o parasitismo em morcegos provenientes de áreas urbanas de 34 municípios do Rio Grande do Sul. Os animais avaliados foram obtidos do Instituto de Pesquisas Veterinárias Desidério Finamor, encaminhados pelo Centro Estadual de Vigilância em Saúde, para a realização dos testes diagnósticos da raiva, durante o período de 2016 a 2021. Dos 109 animais pesquisados, 35,8% (39/109) apresentaram ectoparasitos, com uma média de 9,9 parasitos por animal. Foram recuperados um total de 385 ectoparasitos, incluindo Rhipicephalus microplus, Chirnyssoides sp., Ewingana inaequalis e Chiroptonyssus robustipes. Desses morcegos, todos possuíam hábito alimentar insetívoro, sendo 35,9% (14/39) fêmeas e 64,1% (25/39) machos. Foi registrado pela primeira vez o co-parasitismo de ácaros Chirnyssoides sp., Ewingana inaequalis e Chiroptonyssus robustipes em Molossus currentium (Mammalia, Chiroptera), correspondendo às primeiras associações interespecíficas registradas para as espécies. Observou-se a expansão da ocorrência desses ectoparasitos em morcegos insetívoros no RS. Além disso, este é o primeiro relato de Rhipicephalus microplus parasitando morcego. Foi realizada a pesquisa molecular para investigar a presença de Rickettsia spp. e Trypanosoma spp. nas carcaças dos animais. A investigação se estendeu aos ácaros Chiroptonyssus robustipes, os quais foram testados para Rickettsia spp., Trypanosoma spp. e Leishmania spp. Não foram verificados ácaros ou animais positivos para os agentes pesquisados. Dado a carência de protocolos estabelecidos para a extração de DNA de C. robustipes, foram conduzidos testes utilizando três kits comerciais e protocolos distintos. Os resultados indicaram que DNeasy Blood & Tissue Kit (GmbH, Qiagen®, Germany) se mostrou mais eficaz na extração de DNA total (p < 0,05) ao extrair o material genético de apenas um ácaro inteiro, demonstrando concentrações mais elevadas de DNA em todos os grupos testados. Este estudo contribui não apenas para o entendimento da diversidade parasitária em morcegos, mas também para a compreensão da interação entre esses artrópodes, hospedeiros e potencial transmissão de patógenos.
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