Caracterização das estratégias diagnósticas adotadas no período de pandemia por SARS-CoV-2: uma perspectiva epidemiológica
Fecha
2023-12-20Primeiro membro da banca
Carvalho, José Antonio Mainardi de
Segundo membro da banca
Silva, Mellanie Fontes Dutra da
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O surgimento do vírus SARS-CoV-2 no final de 2019 desencadeou uma crise global de saúde,
resultando na declaração de pandemia pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em março
de 2020. A rápida propagação do vírus e o surgimento de novas variantes ressaltaram a
importância do diagnóstico como um pilar essencial para o controle e monitoramento da
disseminação do vírus. Além disso, tornou-se crucial para orientar práticas diagnósticas,
estratégias de isolamento, atendimento à saúde e medidas de biossegurança. Durante a
pandemia, documentos oficiais foram emitidos por órgãos públicos, acumulando informações
e orientações para direcionar gestores e profissionais de saúde na utilização de testes
diagnósticos em consonância com a evolução da pandemia. Este estudo tem como objetivo
caracterizar a implementação das estratégias diagnósticas para COVID-19, descrevendo as
principais condutas e seu paralelo temporal com o surgimento das variantes no estado do RS.
Buscou-se também estimar a proporção de diagnósticos corretos dos testes envolvidos nessas
estratégias, além da caracterização da população que realizou testes diagnósticos durante
períodos previamente traçados. A metodologia adotada para coleta de dados abrangeu
informações dos bancos de dados e-SUS no período de 2020 a 2023. As estratégias de
testagem foram compiladas a partir de 16 notas informativas emitidas pelo governo do RS
entre 2020 e 2022. A análise das prevalências das variantes no RS foi realizada utilizando a
plataforma GISAID, posteriormente avaliada na plataforma Nextclade. A proporção de
diagnósticos corretos foi calculada com base nas Diretrizes Metodológicas para Estudos de
Acurácia Diagnóstica do Ministério da Saúde. Foram identificadas e descritas cinco
estratégias de testagem, correlacionadas com os períodos em que foram implementadas.
Quanto à caracterização da população amostral, observou-se uma idade média de 38,8 anos,
com predominância feminina. As variantes predominantes nos períodos investigados
incluíram B.1.1.33 (período 1 e 2), Zeta (P.2) (período 3), Gamma (P.1) (período 4) e
Ômicron, incluindo suas subvariantes (período 5). Em relação à proporção de diagnósticos
corretos dos testes, foi encontrado o valor de 98,5% para o TRAc e 96,9% para o TRAg,
respectivamente. Este estudo oferece uma visão abrangente das estratégias diagnósticas
adotadas, seu contexto temporal em relação às variantes e a precisão dos testes utilizados,
contribuindo para uma compreensão mais ampla da dinâmica diagnóstica durante a evolução
da pandemia de COVID-19 no estado do RS.
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