Qualidade das toras e da madeira serrada de Eucalyptus dunnii Maiden
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Data
2024-02-22Primeiro coorientador
Eloy, Elder
Primeiro membro da banca
Farias, Jorge Antonio de
Segundo membro da banca
Rosso, Silviana
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A madeira é um material que possui características intrínsecas e que vem ganhando espaço no mercado devido a sua ampla aplicação. Entretanto, com um mercado em crescimento, exigente e competitivo é de significativa importância entender o comportamento das propriedades tecnológicas para evidenciar a qualidade da madeira, assegurando características adequadas para cada procedimento que a mesma será submetida. Com isso, o presente trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade das toras e da madeira serrada de Eucalyptus dunnii. Para o desenvolvimento do estudo utilizou-se amostras de Eucalyptus dunnii com 23 anos provenientes de um povoamento localizado no município de Rio Pardo-RS, em área pertencente a Associação dos Fumicultores do Brasil (AFUBRA). A partir do inventário florestal, classificou-se o talhão em 4 classes diamétricas (1: 30-40 cm; 2: 40-50 cm; 3: 50-60 cm; 4: 60-70 cm), de onde foram selecionados 5 indivíduos por classe. Posteriormente, as árvores foram abatidas, cubadas e seccionadas em amostras para determinação das massas específicas aparente saturada e básica, de acordo com a NBR 7190-1. De cada árvore retirou-se a primeira e segunda tora com 3 m de comprimento, as quais foram transportadas para o Laboratório de Processamento e Secagem da Madeira da UFSM - campus Frederico Westphalen, para se avaliar os defeitos de tora e serem desdobradas seguindo orientação radial e tangencial. Com a confecção das tábuas, 320 amostras foram avaliadas em função dos defeitos de madeira serrada pré e pós-secagem ao ar livre, assim como a presença de nós. Com base nos resultados, observou-se que as maiores classes diamétricas resultaram em árvores com menores alturas e maiores volumes. Quanto aos defeitos de tora, os índices de rachaduras foram inferiores na primeira tora e na base da mesma; já para o achatamento e conicidade os melhores resultados foram provenientes da segunda tora. A partir da caracterização das massas específicas no sentido base-topo, a básica resultou em uma tendência crescente e apresentou interferência das classes, enquanto a aparente saturada demonstrou um padrão oposto e sem influência das mesmas. Com auxílio da massa específica básica ponderada, a madeira foi classificada como de média densidade. Para os índices de rachaduras de tábuas pré e pós-secagem não houve diferença, mas se identificou uma redução das mesmas com o aumento dos diâmetros. Ao se analisar os empenamentos em relação as classes, a de maior diâmetro obteve os melhores resultados e, para as orientações, as tábuas tangenciais demonstraram maiores intensidades de encurvamento e encanoamento, enquanto as radiais, apresentaram índices mais elevados de rachaduras, nós e maior intensidade de arqueamento. Observou-se ainda, influência das classes nas curvas de secagem ao ar livre, a transição e estabilização da secagem ocorreu em sequência para as classes 2, 1, 3, e 4 e, quanto as orientações as tábuas tangencias secaram mais rapidamente. De maneira geral, conclui-se que a madeira do Eucalyptus dunnii tem potencial para ser utilizada na indústria madeireira, porém, necessita de cuidados para se obter um produto com maior qualidade, como a escolha da classe, orientação das peças e secagem dependendo do destino dessa matéria-prima.
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