O que é ser residente?: afinidades e diferenças nos Programas de Residência Multiprofissionais de Saúde Mental do Sul e Sudeste do Brasil
Resumo
O artigo em questão aborda a formação de residentes multiprofissionais com ênfase em saúde
mental no Brasil, focalizando especificamente a formação no Programa de Residência
Multiprofissional em Rede de Atenção Psicossocial da UNIFESP e no Programa de
Residência Multiprofissional Integrada em Saúde Mental no Sistema Público de Saúde na
UFSM. O objetivo central deste trabalho concentra-se na análise do processo formativo do
Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde Mental no Sistema Público de
Saúde da UFSM, visando identificar a essencialidade da experiência de ser residente no
contexto atual. A indagação central que norteia o estudo é "o que é ser residente?". Quanto à
metodologia, a pesquisa fundamenta-se em análise documental, priorizando materiais e
documentos que abordam a residência multiprofissional e o papel do Serviço Social nesse
contexto. Para a comparação entre os programas de residência, foram utilizados os Projetos
Pedagógicos Institucionais (PPI) da UNIFESP e da UFSM, evidenciando as diferenças e
afinidades entre os dois contextos formativos. O relato de experiência foi embasado em
materiais produzidos pela autora durante o período da residência multiprofissional na
instituição de origem e no período de vivência, incluindo diários de campo, portfólios e
registros fotográficos. Traz à luz debates pertinentes em relação à formação das residências
em saúde e o contexto sociohistórico da América Latina, envolvendo a Ditadura Militar, como
também a essencialidade do Serviço Social no âmbito da política de saúde. Entorno da
experiência profissional, traça suas análises entorno da vivência no Centro de Atenção
Psicossocial (CAPS) ad ZOI na cidade de Santos/SP, envolvendo a rotina do serviço,
participação ativa no cotidiano, grupo de estudos sobre a teoria dos afetos de Spinoza e
outros. Relaciona as vivências da UFSM com as experiências na eAP Saúde da Casa,
Estratégias de Saúde da Família (ESFs) e no Santa Maria Acolhe, mas destacando situações
do cotidiano dos serviços. Os resultados se concentram na fundamentação do “ser residente”,
com a complexidade e desafios postos no cotidiano, mas na compreensão de que o cuidado
em saúde deve ser alinhado com as políticas de saúde e humanização.
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: