Hospedabilidade de cultivares de lúpulo (Humulus lupulus L.) e uso das folhas no controle de Meloidogyne javanica
Fecha
2024-03-19Primeiro coorientador
Costa, Ivan Francisco Dressler da
Primeiro membro da banca
Santos, Jansen Rodrigo Pereira
Segundo membro da banca
Terra, Willian César
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Os nematoides parasitas de plantas são responsáveis por significativas perdas de produtividade nos principais cultivos agrícolas no Brasil e no mundo. Os nematoides do gênero Meloidogyne estão entre os principais causadores desses prejuízos. Tradicionalmente, uma das abordagens mais adotadas para o controle desses fitonematoides é a utilização de nematicidas sintéticos. Contudo, a maioria dos nematicidas disponíveis apresenta muitos efeitos adversos ao meio ambiente. Assim, a busca por compostos menos nocivos e mais acessíveis tem impulsionado estudos de novas alternativas. Nesse contexto, pesquisas envolvendo o emprego de plantas antagonistas e seus metabólitos têm sido conduzidas com o intuito de identificar espécies com potencial no controle de fitonematoides. A utilização de resíduos de certos grupos vegetais para a técnica de biofumigação representa uma alternativa eficiente e sustentável. O objetivo deste estudo foi avaliar a resposta da planta de lúpulo a infecção por Meloidogyne javanica e a eficácia de extratos aquosos e de compostos orgânicos voláteis (COVs) provenientes das folhas de diferentes cultivares de lúpulo no controle do nematoide, bem como a análise do volatiloma do material utilizado. Experimentos de hospedabilidade revelaram que as cultivares de lúpulo analisadas (Saaz, Comet, Zeus e Centennial) são suscetíveis ao Meloidogyne javanica. Testes in vitro foram conduzidos com os extratos e os COVs em juvenis de segundo estádio (J2s) e ovos, revelando um significativo impacto nematicida e ovicida. Posteriormente, ao expor esses J2s aos materiais derivados das folhas de lúpulo e, em seguida, inoculá-los nas raízes de tomateiro, observou-se uma redução no número de galhas formadas e de ovos extraídos das raízes nos tratamentos com os extratos aquosos e COVs das quatro cultivares testadas. Ao utilizar macerados das quatro cultivares em experimentos de biofumigação foi possível observar em todos os casos efeito de controle a partir de 1% de material vegetal incorporado ao substrato. O volatiloma identificado nas folhas de lúpulo revelou a presença de 40 compostos na cultivar Saaz, 42 compostos na cultivar Centennial, 45 compostos na cultivar Zeus e 49 compostos na cultivar Comet. Dentre esses compostos, vários são conhecidos por sua eficácia no controle de microrganismos, tais como: 1-Hexanol, 2-Hexenol (E), 1-Octenol, 3-Hexenol (E), 2-Hexenal (E), β-Ionone, 3-Hexenyl Acetate (Z), α-Humulene e β-Caryophyllene. Nesse contexto, as folhas de lúpulo destacaram-se como importante fonte para a descoberta de novas moléculas nematotóxicas, além de serem valiosas como matéria-prima em técnicas de biofumigação e para formulação de defensivos baseados em produtos vegetais.
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