O pneumoperitônio aquecido e umidificado altera a superfície morfológica peritoneal e os marcadores de estresse oxidativo em gatas?
Fecha
2024-03-18Primeiro coorientador
Müller, Daniel Curvello de Mendonça
Primeiro membro da banca
Pinto Filho, SauloTadeu Lemos
Segundo membro da banca
Silva, Marco Augusto Machado da
Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Para a realização de procedimentos de videolaparoscopia se faz necessária a distensão da cavidade abdominal a fim de criar um espaço de trabalho seguro e eficiente. O meio mais comum para a distensão abdominal é o estabelecimento de pneumoperitônio com dióxido de carbono medicinal (CO2). O presente estudo teve como objetivo avaliar a influência do pneumoperitônio padrão em relação ao pneumoperitônio aquecido e umidificado em fêmeas felinas submetidas à ovariectomia laparoscópica e sua influência sobre a temperatura corporal, nos biomarcadores de estresse oxidativo e histologia peritoneal. Este estudo utilizou 16 gatas que foram distribuídas em dois grupos. Um grupo aquecido e umidificado (GAU) no qual se utilizou CO2 previamente aquecido e umidificado para estabelecer pneumoperitônio, e outro grupo padrão (GP), que utilizou CO2 frio e seco (padrão). Ambos grupos estabelecidos em pressão de insuflação abdominal de 8mmHg. As coletas para avaliação do estresse oxidativo e histologia peritoneal foram coletadas em T0, no exato momento que foi estabelecido pneumoperitônio de 8 mmHg, e em T1, após 50 minutos de pneumoperitônio. A temperatura corporal foi aferida após a intubação orotraqueal (T0) e a cada 5 min, através do termômetro esofágico, de T5 a T70. Os biomarcadores de estresse oxidativo avaliados foram: Catalase (CAT), substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico (TBARS) e glutationa transferase (GSTs). A temperatura corporal não apresentou diferença significativa entre os grupos GAU e GP em nenhum dos tempos. Também não se observou diferença significativa entre o grupo GAU (-3,09±0,65) e GP (-2,88±0,37), na variação de temperatura durante os primeiros 70 min. do tempo cirúrgicos entre os grupos (p=0,467). O teste não paramétrico de Kruskal-Wallis mostrou uma redução significativa nos valores da atividade da CAT no grupo GP em relação ao GAU, no tempo de 50 min. (p=0,0096). O teste T de student não mostrou diferença significativa no TBARS entre o grupo GAU (0,79±7,07) e GP (-0,59±4,17) (p= 0,067), bem como na avaliação do teste ANOVA variação do TBARS (p=0,63). A ANOVA da atividade da GSTs não mostrou diferença significativa na variável tratamento (GAU x GP) (p= 0,50). Conclui-se que o aquecimento e umidificação do CO2 utilizado para obtenção do pneumoperitônio não gerou resultados superiores suficientes quando comparados aos encontrados no uso do gás padrão.
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