Qualidade do sono e resiliência de técnicos de radiologia nos serviços hospitalares
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Data
2023-11-28Primeiro membro da banca
Freitas, Etiane de Oliveira
Segundo membro da banca
Greco, Patricia Bitencourt Toscani
Metadata
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Os técnicos de radiologia encontram-se expostos a riscos físicos, emocionais e
psicológicos devido as características do ambiente de trabalho hospitalar. Estes
podem interferir na qualidade do sono e ocasionar adoecimento. Para tanto, a
resiliência vem sendo discutida como uma forma de minimizar os efeitos das
pressões sofridas pelos técnicos de radiologia em seu ambiente de trabalho. O
objetivo foi analisar a relação entre qualidade do sono e o nível de resiliência no
trabalho de profissionais de radiologia de serviços hospitalares de imagenologia.
Trata-se de um estudo transversal, realizado em cinco serviços hospitalares de
imagenologia de uma cidade do Rio Grande do Sul: Setor de Radiologia do Hospital
Universitário de Santa Maria, Hospital Geral de Santa Maria, Hospital da Brigada
Militar, Hospital Regional de Santa Maria e Hospital Casa de Saúde. Os critérios de
inclusão foram ser trabalhador de radiologia e atuar em setor de imagenologia.
Como critérios de exclusão: estar em licença ou afastamento de qualquer natureza
durante o período da coleta de dados. Foi utilizado um instrumento de
caracterização sociodemográfica, a Escala de Resiliência no Trabalho (RAW Scale
Brasil) e o Índice de Qualidade do Sono de Pittsburgh. A coleta de dados ocorreu de
agosto a novembro de 2022 no formato presencial e online. Os dados foram
analisados com programa estatístico. As variáveis categóricas foram avaliadas por
meio de frequências absolutas (n) e relativas (%), as quantitativas por meio da
média, mediana, desvio padrão, mínimo, máximo. Foram realizados testes de
associação e correlação e; análises bivariadas entre as variáveis, adotando-se
níveis de significância de 5%. Participaram do estudo 37 profissionais de radiologia,
com predomínio do sexo atribuído ao nascimento feminino, média de idade de 39
anos, com filhos e companheiro. Estes possuem, em média, 10 anos de atuação na
radiologia, atuam no turno diurno e não possuem outro emprego. Houve relação
significativa entre outro emprego e carga horária (p=0,021). A idade mostrou-se
determinante no escore global da resiliência no trabalho. Predominaram os
profissionais com má qualidade do sono e médio nível de resiliência no trabalho. O
maior escore da resiliência foi na dimensão “Encontrando sua vocação” e o menor
no item “Mantendo o equilíbrio”. Identificou-se correlação estatisticamente
significativa entre a qualidade do sono e a dimensão da resiliência no trabalho
“Mantendo-se saudável”. Houve correlação estatisticamente significativa entre a
qualidade do sono e a dimensão “Mantendo-se saudável” da Raw Scale Brasil. As
evidências obtidas podem subsidiar reflexões acerca do processo de trabalho em
radiologia, bem como da importância da resiliência e da qualidade do sono para a
prevenção do adoecimento laboral.
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