A finança em John K. Galbraith: estudo sobre o problema do dinheiro e das crises financeiras
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Data
2024-05-16Primeiro coorientador
Rohenkohl, Júlio Eduardo
Primeiro membro da banca
Marin, Solange Regina
Segundo membro da banca
Fracalanza, Paulo Sérgio
Metadata
Mostrar registro completoResumo
A presente investigação é um esforço de compreensão do problema da finança em John K. Galbraith, em específico das temáticas do dinheiro e das crises financeiras. Quanto à primeira temática, subdivide-se em três pontos: (i.) a noção de dinheiro, (ii.) a relação entre a moeda e os preços das mercadorias e (iii.) a questão da não-neutralidade do dinheiro. Quanto à segunda temática, subdivide-se também em três pontos: (i.) a psicologia dos agentes financeiros, (ii.) o ciclo financeiro de negócios e (iii.) as causas das crises financeiras. Tem-se por objetivo fundamental do presente trabalho a exploração da visão histórica de Galbraith nas temáticas sublinhadas e apreciação das principais noções teóricas subjacentes em sua obra acerca do problema. Tal esforço se justifica, sobretudo, pela relativa inexploração do problema pela pesquisa bibliográfica. Os presentes esforços podem ser enquadrados nas modalidades de pesquisa pura e bibliográfica, com algum tangencionamento de pesquisa histórica. Por método de investigação, podem ser assinaladas cinco etapas: (i.) contato exploratório com o problema e mapeamento das obras, (ii.) exame exploratório da bibliografia secundária e mapeamento da pesquisa bibliográfica, (iii.) coleta e reunião das principais citações presentes na obra de Galbraith, (iv.) identificação das principais noções teóricas e análise conceitual e, por fim, (v.) síntese completa do material reunido. Como resultados da investigação, pode-se sublinhar: (i.) a noção de dinheiro em Galbraith enquanto uma convenção instituída pela autoridade monetária em comunhão com a comunidade de pagamentos em ordem à conveniência econômica e assentada em matéria escassa; (ii.) a moeda enquanto causa remota e condicionada das variações no preço das mercadorias, mediada pela pressão efetiva do consumo e em dependência da satisfação das condições de preferência por liquidez imperfeita e utilização dos fatores de produção aproximadamente plena; (iii.) a moeda enquanto não-neutra univocamente em seus efeitos; (iv.) o ciclo financeiro de negócios aparecendo em duas grandes fases, uma ascedente e a outra descedente; (v.) a especulação da fase ascendente enquanto causa próxima das crises financeiras na fase descendente, condicionada pela universalidade de sua prática e pelo grau de vínculo com o endividamento dos agentes; (vi.) a profunda deficiência da psicologia e do obrar humano enquanto causa remota e incondicionada das crises.
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