Planejamento e percepção sobre segurança alimentar e nutricional na atenção primária à saúde
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Data
2024-03-28Primeiro membro da banca
Cassemiro, Juliana Pereira
Segundo membro da banca
Jantsch, Leonardo Bigolin
Metadata
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Introdução: As políticas de saúde utilizam-se de programas que contribuem para a prevenção e promoção da saúde, independente da forma de atenção (individual ou grupal), os profissionais de saúde atuam de forma estratégica. A territorialização preconizada pela Atenção Primária à Saúde proporciona compreensão do contexto social e econômico da população adstrita, ao profissional de saúde estabelece vínculos com os usuários ampliando a identificação de iniquidades e cuidado integral dos indivíduos favorecendo a identificação e monitoramento das questões relacionadas à alimentação e nutrição, bem como, potencializa a promoção da Segurança Alimentar e Nutricional. A complexidade para a promoção e garantia da Segurança Alimentar Nutricional devido a multifatorialidade, necessita de um planejamento em saúde com robustez, buscando a articulação de diversos setores a fim de estabelecer objetivos comuns, linhas de ação, metas e recursos, monitoramento e avaliação em torno de uma agenda comum. Objetivo: O presente estudo buscou analisar as ações e percepções dos profissionais de saúde referente a Segurança Alimentar e Nutricional no âmbito da Atenção Primária à Saúde. Métodos: Estudo de métodos mistos explanatório sequencial (quan→QUAL). Primeira fase, foi composta por análise documental, através de um índice de sensibilidade, dos planos municipais de saúde dos municípios que compõe a 20ª região de saúde, do Rio Grande do Sul. Os três municípios com maior e menor índice de sensibilidade foram selecionados para a segunda fase. Foram realizadas entrevistas semiestruturadas com profissionais da atenção primária à saúde e utilizado a análise de conteúdo para categorização. Resultados: Na análise documental as condições crônicas ganharam destaque, como a hipertensão arterial sistêmica, mencionadas em nove planos, o excesso de peso e obesidade apareceram pelo menos uma vez em dezoito planos municipais. As ações com viés intersetorial concentraram-se nos Programas Bolsa Família e Saúde na Escola. Apenas cinco municípios mencionam o termo Segurança Alimentar e Nutricional nos planos municipais de saúde. Um referia-se a política municipal de Segurança Alimentar e Nutricional e nenhum mencionou aspectos relacionados a Insegurança Alimentar e Nutricional. Foram encontradas fragilidades na inclusão de ações de alimentação e nutrição e de Segurança Alimentar e Nutricional nos planejamentos municipais. A convergência entre o planejamento e a execução das ações encontram-se centradas em quatro eixos: atenção nutricional, promoção da alimentação adequada e saudável, vigilância alimentar e nutricional e intersetorialidade. Conclusões: Os planos municipais de saúde apresentam baixa intencionalidade de ações para a promoção da Segurança Alimentar e Nutricional. Os profissionais, por sua vez, apresentam boa compreensão ao referir-se ao conceito de Segurança Alimentar e Nutricional, no entanto possuem dificuldades de compreender sua amplitude, inferência no estado de saúde e de incluir ações de alimentação e nutrição nas atividades desenvolvidas pela Atenção Primária à Saúde. A presença do profissional nutricionista na elaboração do plano municipal de saúde mostrou-se positiva para a inclusão de objetivos e metas de alimentação e nutrição.
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