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dc.creatorCardozo, João Alles
dc.date.accessioned2024-07-04T12:43:04Z
dc.date.available2024-07-04T12:43:04Z
dc.date.issued2024-04-10
dc.identifier.urihttp://repositorio.ufsm.br/handle/1/32153
dc.description.abstractSalary installments in Rio Grande do Sul were a notable moment in the memory of the precariousness of teaching work, therefore the investigation is carried out with the aim of understanding the teaching profession's interpretations and memories of the period 2015-2021. In this sense, in 2015, a broad neoliberal offensive was launched against the public sector in Rio Grande do Sul, marked by late and delayed payment of Executive Branch employees. To access these memories and political points of view, we need to use the Oral History methodology, producing oral sources with teachers, in semi-structured interviews carried out individually. Our point of view particularly appropriates Maurice Halbwachs' considerations on the collective aspects of memory, as well as Paul Thompson's guidelines and precautions regarding investigation techniques. Furthermore, the notion of professionalization, present in the understanding of Mariano Fernández Enguita, is part of our theoretical perspective, which summarizes the process of social convention evolving towards the valorization of the monopolistic liberal profession, as is the case of the teaching profession and its union struggles. Along with this perspective, we learn from Armando Boito Jr. who elaborates explanations for the ideology of the middle class, their speeches and self-awareness. These theories were intertwined to understand the Rio Grande do Sul teachers as a precarious middle class. In this sense, the dialogue with the bibliography of History of Education, History and Economy allows us to build a more comprehensive notion of what precariousness would be, without reducing it to numbers, but also understanding its subjective scope, weighing the emotional exhaustion arising from social devaluation and the teaching effort as surveyed by Ideb. In addition to academic literature, we have regional newspaper websites and independent media. Through this theoretical debate, it was possible to analyze the trajectory of teaching and the speeches produced at the time of the interview. After two pilot interviews with a questionnaire prototype, five face-to-face interviews were carried out with teachers working in school management, chosen for their relatively easy contact and availability. Finally, the results were interpreted based on some of the most recurrent characters in teaching speeches: (1) an individual experience, markedly heterogeneous in each case; (2) the teacher seen as disunited, dedicated and trapped; (3) governments understood as neoliberal and manipulative; (4) the community, divided between those who regulate the importance of the strike and those who are ungrateful and less enlightened. Thus, professors remember the period of the neoliberal offensive against state civil service, reworking their memories based on elements of middle-class trade unionism, solidarity between peers and critical approaches against the supposed privatist intentions of those in power.eng
dc.languageporpor
dc.publisherUniversidade Federal de Santa Mariapor
dc.rightsAttribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International*
dc.rights.urihttp://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/*
dc.subjectPrecarizaçãopor
dc.subjectTrabalho docentepor
dc.subjectNeoliberalismopor
dc.subjectMemóriaspor
dc.subjectParcelamentopor
dc.subjectPrecariousnesseng
dc.subjectTeaching workeng
dc.subjectNeoliberalismeng
dc.subjectMemorieseng
dc.subjectInstallmenteng
dc.titleMemórias sobre o parcelamento dos salários na rede de ensino estadual em Santa Mariapor
dc.title.alternativeMemories about the installments of salary in the state education network in Santa Mariaeng
dc.typeDissertaçãopor
dc.description.resumoO parcelamento salarial no Rio Grande do Sul foi um momento marcante na memória da precarização do trabalho docente, portanto investiga-se com o objetivo de compreender as interpretações e lembranças do Magistério sobre o período 2015-2021. Nesse sentido, em 2015, foi iniciada uma ampla ofensiva neoliberal contra o funcionalismo público gaúcho, marcada pelo pagamento atrasado e defasado do quadro de servidores do Poder Executivo. Para acessar essas lembranças e pontos de vista políticos, precisamos lançar mão da metodologia da História Oral, produzindo fontes orais junto ao professorado, em entrevistas semi-estruturadas realizadas individualmente. Nosso ponto de vista se apropria em especial das considerações de Maurice Halbwachs sobre os aspectos coletivos da memória, bem como das orientações e precauções de Paul Thompson quanto às técnicas de investigação. Além disso, faz parte de nossa perspectiva teórica a noção de profissionalização, presente no entendimento de Mariano Fernández Enguita, que resume o processo de convencimento social visando a valorização da profissão liberal monopolista, como é o caso do professorado e de suas lutas sindicais. Junto dessa perspectiva, dialogamos com Armando Boito Jr. que elabora explicações para a ideologia da classe média, seus discursos e consciência de si. Essas teorias se entrelaçam para entendermos o professorado gaúcho enquanto classe média precarizada. Nesse sentido, o diálogo com a bibliografia da História da Educação, História e Economia permitem construir uma noção mais abrangente do que seria a precarização, sem reduzí-la a algarismos, mas também compreender seu âmbito subjetivo, pesando o desgaste emocional oriundo da desvalorização social e do esforço docente como levantado pelo Ideb. Além da literatura acadêmica, contamos com sites de jornais regionais e mídias independentes. Através desse debate teórico, foi possível analisar a trajetória do Magistério e os discursos produzidos no momento da entrevista. Após duas entrevistas piloto com um protótipo de questionário, foram realizadas cinco entrevistas presenciais com professores atuantes na gestão escolar, escolhidos por seu relativamente fácil contato e disponibilidade. Enfim, os resultados foram interpretados a partir de alguns personagens mais recorrentes nas falas docentes: (1) a experiência individual, marcadamente heterogênea a cada caso; (2) o professorado visto como desunido, dedicado e encurralado; (3) os governos entendidos como neoliberais e manipuladores; (4) a comunidade, dividida entre quem reconhece a importância da greve e os ingratos e menos esclarecidos. Assim, o professorado rememora o período da ofensiva neoliberal contra o funcionalismo estadual, reelaborando suas memórias a partir de elementos do sindicalismo de classe média, da solidariedade entre os pares e abordagens críticas contra as supostas pretensões privatistas dos governantes.por
dc.contributor.advisor1Cunha, Jorge Luiz da
dc.contributor.advisor1Latteshttp://lattes.cnpq.br/7227767555433465por
dc.contributor.referee1Borin, Marta Rosa
dc.contributor.referee2Mattos, Renan Santos
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/4681261495414308por
dc.publisher.countryBrasilpor
dc.publisher.departmentHistóriapor
dc.publisher.initialsUFSMpor
dc.publisher.programPrograma de Pós-Graduação em Históriapor
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANAS::HISTORIApor
dc.publisher.unidadeCentro de Ciências Sociais e Humanaspor


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