Otimização da produtividade de Eucalyptus spp. a partir da suplementação luminosa em minijardim clonal
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Date
2024-02-27Primeiro coorientador
Turchetto, Felipe
Primeiro membro da banca
Zulian, Daniele Fernanda
Segundo membro da banca
Gasparin, Ezequiel
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Show full item recordAbstract
Espécies do gênero Eucalyptus encontram-se na lista das mais plantadas no mundo, ocupando
cerca de 7,6 milhões de hectares no Brasil, o que inclui diferentes materiais genéticos
cultivados principalmente nas regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste. Recentemente, com o uso
das miniestufas sobre os minijardins clonais (MJCs), obteve-se maior controle da temperatura,
umidade relativa do ar e concentração de CO₂ sob as minicepas, promovendo a melhoria da
qualidade do material a ser propagado. No entanto, em regiões subtropicais durante o outono e
inverno, a produtividade é limitada pela redução de brotações das minicepas, em resposta à
redução do fotoperíodo e temperatura. Diante do exposto, objetivou-se avaliar o efeito da
suplementação luminosa em adição à miniestufa sobre a produtividade de minicepas de E.
saligna e E. urophylla x E. globulus durante a estação do inverno. A pesquisa foi realizada no
Sul do Brasil, região com sazonalidade e inverno, que resulta em baixa produtividade vegetal.
O delineamento experimental utilizado foi de blocos ao acaso, sendo constituídos de três
manejos do MJC (T1- SME: MJC sem miniestufa, somente com luz natural, considerado como
testemunha; T2 - CME: MJC coberto com miniestufa; T3 - ME+L: MJC com miniestufa
associado à luz led branca em fotoperíodo de 24 horas) contendo quatro repetições de 24
minicepas. Os atributos fisiológicos e a produtividade das minicepas, bem como o
enraizamento das miniestacas, qualidade das mudas produzidas e os fatores ambientais foram
avaliados nos três MJCs. As coletas de miniestacas foram realizadas semanalmente, obtendose a produtividade mensal por minicepa, enquanto as avaliações de sobrevivência e
enraizamento foram realizadas aos 45 e 90 dias após estaqueamento. Também foram avaliados
os atributos morfológicos das mudas aos 120 dias após o estaqueamento. A miniestufa
associada a suplementação luminosa promoveu aumento da temperatura, umidade relativa do
ar e CO2. As minicepas dos clones E. saligna e E. urophylla x E. globulus, quando conduzidas
em ambiente com suplementação luminosa (ME+L), apresentaram aumento de 23% na
produtividade (nº miniestaca/cepa/mês), em relação ao SME e CME. Entretanto, as miniestacas
obtidas no ME+L expressaram maior demanda nutricional por N, evidenciando sintomas por
manchas foliares, devido à maior demanda nutricional em resposta à produção elevada de
brotações. Apesar disso, o enraizamento das miniestacas não foi afetado significativamente
pelos manejos no MJC. As mudas do hibrido E. urophylla x E. globulus produzidas a partir do
ambiente ME+L apresentaram maior qualidade morfológica ao considerar altura e diâmetro.
Conclusivamente, o uso da miniestufa associado à suplementação luminosa contribui
efetivamente para aumentar a produtividade de miniestacas na estação do inverno, permitindo
redução da área de MJC utilizada para suprir a demanda de mudas em regiões subtropicais.
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