Hipertensão arterial sistêmica e fatores associados em população rural no Rio Grande do Sul
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Data
2024-06-07Primeiro membro da banca
Benetti, Eliane Raquel Rieth
Segundo membro da banca
Spagnolo, Lílian Moura de Lima
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Introdução: A Hipertensão Arterial Sistêmica é uma das Doenças CrônicasNãoTransmissíveis de importante ocorrência mundial, representando um dos principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, cerebrovasculares e doenças renais crônicas. O contexto da hipertensão difere a depender de condições como a localização geográfica e os fatores socioeconômicos. No meio rural, as barreiras geográficas, a ausência de serviços de saúde, de transporte e as diferenças culturais e estilos de vida contribuem para piores condições de saúde e para o aparecimento de doenças como a hipertensão. Objetivo Geral:Analisar a prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica autorreferida em população rural e identificar os fatores associados em município do norte do Rio Grande do Sul, Brasil. Objetivos Específicos: Estimar a prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica autorreferida em população rural no Rio Grande do Sul; descrever as características sociodemográficas e sua relação com a Hipertensão Arterial Sistêmica autorreferida em população rural no Rio Grande do Sul; analisar as condições de saúde da população rural e sua relação com a Hipertensão Arterial Sistêmica autorreferida no Rio Grande do Sul; identificar características ocupacionais e sua relação com a Hipertensão Arterial Sistêmica autorreferida em população rural no Rio Grande do Sul. Metodologia:Estudo transversal, realizado em um município do norte gaúcho. A coleta de dados ocorreu de agosto a novembro de 2023, por meio de entrevista com a aplicação de um questionário estruturado contendo características sociodemográficas, de saúde, estilos de vida e de condições de trabalho, direcionado à população rural residentes no município de Seberi, Rio Grande do Sul, com idade maior ou igual a 18 anos. Posteriormente os questionários foram codificados, registrados em Planilha Excel e após transferidos para o software estatístico SPSS 22.0 Os dados foram analisados por meio de estatística descritiva e inferencial. As variáveis qualitativas foram testadas através do teste qui-quadrado de Pearson e as variáveis quantitativas e qualitativas por meio do teste exato de Fisher. Foram consideradas significativas as associações em que p< 0,05, a estimativa de prevalência de Hipertensão arterial Sistêmica e respectivos intervalos de confiança de 95% (IC95%). O projeto foi aprovado por comitê de ética em pesquisa local. Resultados: Os resultados foram apresentados em formato de artigo científico, denominado “Hipertensão Arterial Sistêmica e fatores associados em população rural no Rio Grande do Sul”. Foram entrevistadas 349 pessoas, o estudo identificou uma prevalência de 57,1% de hipertensão na população rural, estando mais associada a indivíduos do sexo feminino (53,3%), autodeclarados brancos (93,9%) e com idade maior ou igual a 60 anos (76,1%). Fatores como baixa escolaridade (82,6%) e renda até três salários mínimos (88,7%). Mais da metade dos hipertensos verificaram a pressão arterial nos últimos trinta dias (55,6%), presença de complicações (27,7%) (RP=0,54; IC=0,47-0,62), comorbidades (48,0%) (RP=0,65; IC=0,54-0,77), uso de medicamentos contínuos (87,9%), anti-hipertensivos (96,5%) (RP=0,23; IC=0,16-0,33 e RP=0,12; IC=0,06-0,27), frequentar o serviço de saúde (RP=0,52; IC=0,35-0,76) mostraram-se como fatores de proteção para a hipertensão e a utilização de agrotóxicos como fator de risco (RP= 1,3; IC=1,05-1,62). Conclusões: a pesquisa apresentou prevalência de Hipertensão Arterial Sistêmica em mais da metade da população rural, associando-se a fatores como idade avançada, baixa escolaridade, podendo ocasionar na dificuldade de informação resultando no subdiagnóstico da hipertensão. O acompanhamento do tratamento e das condições de saúde dos hipertensos apresenta-se de grande importância, principalmente pelos serviços de saúde. Assim sendo, o estudo possibilitará a elaboração de estratégias de prevenção mais específicas, colaborando ainda para o diagnóstico precoce e melhor adesão e acompanhamento no tratamento da hipertensão, por parte das equipes de saúde.
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