A avaliação do programa criança feliz na perspectiva do beneficiário
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Data
2022-08-18Primeiro membro da banca
Dotto, Dalva Maria Righi
Segundo membro da banca
Wittmann, Milton Luiz
Metadata
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O desenvolvimento de maneira integral na primeira infância é essencial para a
formação do indivíduo. As políticas de atenção e cuidados nos primeiros anos de vida
permitem não só o desenvolvimento de maneira plena, mas também ambiciona o fim
de um ciclo de pobreza em que esses indivíduos se encontram, oportunizando um
melhor futuro econômico e social de um país. Nesse sentido, no Brasil, políticas
públicas voltadas ao desenvolvimento infantil vêm ganhando espaço gradativamente,
na medida em que a legislação voltada ao tema tem se fortalecido ao longo dos anos.
O Programa Criança Feliz (PCF), criado em 2016, com o objetivo de fortalecer o
desenvolvimento da primeira infância no Brasil por meio das visitas domiciliares,
procura atender os indivíduos em uma situação de vulnerabilidade socioeconômica;
seu impacto se dá em gestantes e crianças de até 3 anos de idade, inscritos no Bolsa
Família, e crianças de até 6 anos de idade que fazem parte do Benefício de Prestação
Continuada (BPC) do Governo Federal. Reconhecendo a importância deste programa
social e seu possível impacto na vida do brasileiro, o presente trabalho, de natureza
qualitativa, busca por meio de pesquisa qualitativa avaliar a percepção dos resultados
do Programa Criança Feliz, na perspectiva de seus beneficiários, aqui entendidos
como os responsáveis principais pelas crianças atendidas pelo programa e grávidas.
Para cumprir com o objetivo de avaliar o PCF, este estudo avaliou a qualidade dos
serviços prestados. A pesquisa se desenvolveu com setenta e oito beneficiárias do
PCF, de cinco municípios do Rio Grande do Sul. Os resultados do estudo sugerem
que o PCF tem se apresentado como uma importante ferramenta para o
desenvolvimento das crianças; além disso, as famílias pesquisadas avaliaram
positivamente as dimensões apresentadas pelo modelo adaptado da ferramenta que
avalia a qualidade de serviços. Todavia, há de se destacar que a intersetorialidade,
um dos pilares do programa, mostrou-se frágil no contexto desta pesquisa, na medida
em que poucas foram as intervenções mencionadas em que houvesse alguma
articulação entre o PCF e as redes de serviços dos municípios.
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