Produção de bio-hidrogênio e biofertilizante a partir de biometano de dejetos de suínos
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Data
2024-07-29Autor
Roversi, Aline Gabriela
Silveira, Ariana Germano
Costa, Tainara Luiz Salgado da
Wantz, Talita Teresinha
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A carne suína é uma das principais fontes globais de proteína animal, com uma produção anual de cerca de 100 milhões de toneladas. O Brasil, como o quarto maior produtor, alcançou 4,9 milhões de toneladas em 2022. A suinocultura de corte gera dejetos líquidos compostos por fezes, urina, resíduos de ração, água desperdiçada e outros materiais provenientes dos sistemas de confinamento. A decomposição desses dejetos, conhecidos como liquame, resulta na liberação de metano e dióxido de carbono, que são gases de efeito estufa. Para mitigar esses impactos ambientais, os biodigestores surgem como solução, convertendo os efluentes em biogás. Este biogás pode ser utilizado como combustível ou como matéria-prima para a produção de bio-hidrogênio. A SPHER - Sustainable Pig-waste Hydrogen Energy Revolution visa comercializar bio-hidrogênio, aplicável em indústrias químicas, siderúrgicas e na produção de diesel verde (HVO). O projeto busca estabelecer um processo sustentável para transformar resíduos suínos em produtos de valor agregado, explorando a viabilidade da produção de 329.288,4 kg por ano de bio-hidrogênio e 39.688.056,0 kg por ano de biofertilizante. O processo inicia com a recepção dos dejetos suínos, direcionados aos biodigestores para fermentação anaeróbica e produção de biogás. Este biogás, composto principalmente por metano e dióxido de carbono, passa por processos de purificação, seguido pela conversão em hidrogênio, e posteriormente, o hidrogênio é purificado em etapas específicas de separação de gases. Simultaneamente, o biofertilizante, rico em nutrientes, é coletado após o processo de digestão anaeróbica, oferecendo uma alternativa valiosa aos fertilizantes químicos convencionais. Os resultados do estudo confirmam a eficiência do processo, com produção eficaz de bio-hidrogênio e biofertilizante de qualidade adequada para uso agrícola. Além de reduzir o impacto ambiental, a tecnologia contribui para a economia circular ao gerar produtos úteis para diversos setores. A análise econômica mostrou que o projeto SPHER se torna lucrativo após 4 anos, com um VPL de R$ 182.708.314,00 para uma TMA de 10,50%, destacando sua viabilidade econômica e sustentabilidade.
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