Adultos maduros na educação profissional e tecnológica: um estudo à luz da diversidade geracional
Visualizar/ Abrir
Data
2021-01-25Primeiro coorientador
Barin, Cláudia Smaniotto
Primeiro membro da banca
Falkembach, Gilse Antoninha Morgental
Segundo membro da banca
Silva, Marcelo Freitas da
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O processo de envelhecimento no cenário educacional é uma questão que carece de estudos e discussões, uma vez que é intrínseco ao ser humano. Além disso, o envelhecimento populacional é um fenômeno global e vem se manifestando de forma rápida, trazendo grandes desafios para as políticas públicas, inclusive para a educação. Ao encontro de preparar os sujeitos para as necessidades do mundo do trabalho, considerando o contexto geracional, destaca-se a importância de se promover uma educação inovadora. Nesse sentido, este estudo teve o objetivo de analisar o processo de ensino na Educação Profissional e Tecnológica (EPT), no contexto geracional, com foco no aluno adulto maduro, procurando compreender quem é esse aluno, quais são as suas expectativas quando buscam a EPT e como se dá a relação intergeracional em sala de aula. A ênfase na diversidade de gerações em classes da EPT se justifica no fato de que, à medida que a educação profissional foi se transformando para atender as demandas do mundo do trabalho, o perfil do aluno e a escola também mudaram, mas as produções e pesquisas científicas voltadas à educação profissional e tecnológica ainda são incipientes. Para determinação da expressão “adulto maduro”, optou-se pela teorização de Erik Homburger Erikson (1976), Juán José Muriño Mosquera e Claus Stobäus (1983), Juán José Muriño Mosquera (1987) e Helena Beatriz Finimundi Balbinotti (2003; 2005; 2007 e 2012), partindo das definições de suas teorias sobre as fases da vida, as quais serão apresentadas nas seções seguintes. Trata-se de um estudo transversal, de caráter exploratório, com a utilização de questionários para coleta de dados e de abordagem qualitativa, tratada numa perspectiva descritiva, já que considera a subjetividade dos sujeitos participantes e interpretada por meio de relatos fornecidos por estes. Em conclusão, acredita-se que o grande ideal da educação deverá estar alicerçado em práticas pedagógicas coerentes com a realidade de cada aluno. Considerando que uma pessoa na fase adulta vivenciou diversas experiências, tanto na vida pessoal quanto na profissional, espera-se que ela apresente facilidades para fazer associações para determinados assuntos, dificuldades de compreensão em outros e interesse despertado em algo que está relacionado ao seu dia a dia, ao seu ambiente de convívio ou em algum ponto que tenha lhe despertado curiosidade. Destaca-se, ainda, a importância do papel do professor, de conhecer seus alunos, suas expectativas e incentivá-los para a busca permanente do conhecimento, da realização pessoal e superação de suas necessidades, permitindo assim, que um maior de número de pessoas alcance trajetórias positivas. Acrescenta-se que, os resultados mostram que os alunos adultos maduros vivenciam com mais profundidade as situações de acordo com as experiências de vida, ou seja, pela própria bagagem de conhecimentos adquiridos no dia a dia, portanto, essas situações particulares devem servir de base para as novas construções pessoais que as aprendizagens possam apontar.
Os arquivos de licença a seguir estão associados a este item: