Microplásticos contaminados: adsorção/dessorção de Rodamina B e separação de fases por eletrocoagulação-flotação
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Data
2024-06-28Primeiro coorientador
Silvestri, Siara
Primeiro membro da banca
Fernandes, Andreia Neves
Segundo membro da banca
Rodrigues, Cristiane Oliveira
Terceiro membro da banca
Costa, Monica Ferreira da
Metadata
Mostrar registro completoResumo
O uso excessivo de plásticos e a gestão inadequada desses resíduos causam sérios problemas ambientais, incluindo a poluição da água, ar e solo. Os microplásticos (MPs), partículas menores que 5 mm, são onipresentes na natureza e persistem no ambiente aquático. Além disso, podem carregar outros poluentes inorgânicos e/ou orgânicos como, por exemplo, os corantes do tipo Rodamina B (RhB), que são amplamente aplicados e que quando presentes no ambiente aquático podem ser perigosos para a saúde humana e animais. Pesquisas indicam que Estações de Tratamento de Esgoto (ETEs) são uma das principais fontes de MPs nos ambientes aquáticos por lançarem efluentes domésticos com grandes concentrações de polímeros. Porém, novos métodos de tratamento estão sendo desenvolvidos para remover esses materiais. Sabendo disso, este trabalho teve como objetivo compreender o comportamento de adsorção e dessorção do corante RhB em diferentes polímeros, em condições pristinas e envelhecidas, para entender o transporte dos poluentes, e avaliar a eficácia da Eletrocoagulação-Flotação (ECF) na remoção de MPs dos efluentes. O estudo envolveu quatro fases principais: (1) caracterização dos MPs; (2) estudo inicial de adsorção entre polipropileno (PP), polietileno (PE) e policloreto de vinila (PVC) com RhB; (3) análise do MP com maior capacidade de adsorção para investigar o processo de adsorção/dessorção de RhB; e (4) aplicação da ECF para avaliar a remoção de MPs com a RhB gerada na fase anterior. Os resultados revelaram que, nas fases 1 e 2, o PVC pristino (PVCp) mostrou menor cristalinidade, maior rugosidade e pHPCZ de 5,0, indicando maior capacidade de adsorção de poluentes comparado a PE e PP. Na fase 3, o PVC envelhecido (PVCe) apresentou superfícies mais rugosas e porosas, com maior capacidade de adsorção de RhB (10,46 mg g-1) comparado ao PVC pristino (6,23 mg g-1), devido à fotodegradação e à presença de grupos oxigenados. A dessorção foi menor no PVCe, indicando ligações mais fortes com o corante. Na fase final, o estudo com Delineamento Composto Central Rotacional (DCCR) mostrou que menores correntes elétricas e maiores tempos de eletrólise melhoram a remoção de PVCp e turbidez. A ECF foi eficaz, com custos variando de 0,83 a 16,67 kWh m-3. As melhores condições aplicadas a PVCp, PVCe, PVCp + RhB e PVCe + RhB resultaram em remoção de MPs superior a 96,4% no PVCe + RhB. Conclui-se que MPs, como o PVC, têm alta capacidade de transportar poluentes devido às suas propriedades, com MPs envelhecidos mostrando ligação mais forte com substâncias tóxicas. A ECF se mostrou como uma técnica promissora para remover MPs com corantes de águas residuais, mas requer otimização para equilibrar eficiência e custos, garantindo viabilidade econômica.
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