Autismo em mulheres: O que tem sido discutido na Literatura
Resumo
Este trabalho de Conclusão de Curso, apresentado ao curso Licenciatura em Educação Especial Noturno da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), visa aprofundar em um tema que tem sido alvo de intensos debates na literatura atual, seja ele, o diagnóstico de Autismo em Mulheres. O objetivo geral deste trabalho é investigar o que a literatura atual mostra sobre
mulheres com TEA. O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é caracterizado por dificuldades na interação social e na comunicação, além da presença de interesses e atividades restritas e repetitivas. É descrito como predominante no sexo masculino, entretanto, mulheres podem apresentar manifestações diferentes, o que pode contribuir para um subdiagnóstico. Mulheres com TEA, expressam comportamentos únicos para cada critério do diagnóstico do transtorno, limitando a um fenótipo autista feminino, muitas vezes não reconhecido pelos instrumentos de investigação A metodologia trata de uma pesquisa de revisão de literatura sobre a pergunta problema: Porque há mais diagnósticos do Transtorno do Espectro Autista em homens do que em mulheres? Para responder esse questionamento, a pesquisa foi realizada através de uma busca nas bases de dados Google Acadêmico e Scientific Electronic Library Online (SciELO), utilizando os seguintes descritores: “Transtorno do Espectro do Autismo”. “Diagnóstico precoce do autismo”. “Autismo em Mulheres”. As mulheres dentro do TEA ainda hoje
dependem muito das suas próprias hipóteses e pesquisas para se descobrir de fato dentro do espectro. A análise da revisão bibliográfica concluiu que o autismo é referenciado em manuais diagnósticos como o DSM-5-TR (APA, 2022) com mais predominante em meninos que meninas. Porém, percebe-se uma discussão a respeito dessa incidência ser realmente maior em
pessoas do sexo masculino, alegando que pode existir um viés causado pela pouca investigação a partir das características descritas nos instrumentos de avaliação.