Metodologias alternativas para a previsão da geração de energia elétrica no Brasil
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Data
2024-10-07Primeiro membro da banca
Basílio, Andreia Teixeira Marques Dionísio
Segundo membro da banca
Maehler, Alisson Eduardo
Terceiro membro da banca
Coronel, Daniel Arruda
Quarto membro da banca
Garcia, Vinícius Jacques
Metadata
Mostrar registro completoResumo
Substituir as fontes não renováveis é um desafio global, principalmente para os países mais
pobres. No Brasil, a geração elétrica é predominantemente renovável, sendo a fonte hidráulica
responsável por mais da metade da geração interna de eletricidade. No entanto, as crises hídricas
e o avanço da crise climática ameaçam a estabilidade do sistema elétrico e intensificam a
dependência da energia térmica. O aumento exponencial de outras fontes renováveis, como
energia eólica e solar, resulta em maior volatilidade para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
Dado isso, esta pesquisa consistiu em avaliar a volatilidade estocástica existente na matriz
elétrica brasileira e integrar esse processo à previsão da geração mensal média por meio do
modelo Heston, o qual foi inicialmente desenvolvido para prever o preço de opções no mercado
de ações. A principal contribuição teórico-prática deste estudo foi simplificar as equações do
modelo Heston, permitindo a sua aplicação a diferentes variáveis para além do setor financeiro.
Os dados analisados foram coletados no site do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS),
caracterizados por séries históricas mensais do volume de geração de energia elétrica a partir
das fontes biomassa, carvão, óleo combustível, hidráulica, resíduos industriais, gás natural,
nuclear, solar e eólica. O período de análise correspondeu ao intervalo de janeiro de 1999 a
março de 2023. Em comparação com o modelo de Black-Scholes, o método escolhido obteve
melhor desempenho ao prever a geração de eletricidade a partir do carvão, energia hidráulica e
solar, de acordo com as estatísticas de previsão MAE, MAPE e RMSE. Concluiu-se que um
modelo financeiro pode ser efetivamente aplicado ao setor energético e o modelo Heston pode
ser um instrumento viável para a gestão do sistema elétrico nacional. Em relação às estratégias
governamentais, sugere-se intensificar o uso das fontes alternativas e de baixa emissão de
carbono, possibilitando maior segurança energética e um sistema elétrico mais robusto.
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