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Simulação econômica de rotação de culturas irrigadas na região central do Rio Grande do Sul

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GENESIO DA ROSA.pdf (823.5Kb)
Data
2004-10-01
Autor
Rosa, Genesio Mario da
Primeiro orientador
Carlesso, Reimar
Primeiro membro da banca
Eltz, Flavio Luiz Foletto
Segundo membro da banca
Heldwein, Arno Bernardo
Terceiro membro da banca
König, Osvaldo
Metadata
Mostrar registro completo
Resumo
Um sistema de produção agrícola é constituído de uma série de processos, dividido em subsistemas, onde se destaca a condução do processo produtivo que está intimamente relacionado com o ambiente. Nesses subsistemas existem processos que podem ser estimados considerando-se certas condições como: clima, adaptação das culturas e técnicas utilizadas para sua condução. A possibilidade de prever as datas de ocorrência ou os principais estádios de desenvolvimento das culturas, como data de colheita, e conseqüentemente a produtividade potencial, tem um caráter estratégico no processo de tomada de decisão no planejamento agrícola e no manejo das culturas, não só na determinação do momento de acionar um sistema de irrigação, aplicar fertilizantes e defensivos, como também no planejamento de safras e de colheita, na rotação de culturas, manejo do solo, etc. O presente trabalho teve como objetivo simular quatro sistemas de rotação de culturas: (i) sistema I- trigo e soja; (ii) sistema II - trigo-soja e aveia-milho; (iii) sistema III - trigo-soja, aveia-milho e trigo-feijão e; (iv) sistema IV - trigo-soja, aveia-milho-feijão safrinha e trigo-feijão-milho safrinha. O trabalho foi desenvolvido para os municípios de Santa Maria e Cruz Alta no Estado do Rio Grande do Sul, considerando o período de 1990 a 2000. Para a simulação matemática do ciclo de desenvolvimento das culturas foram utilizados dados meteorológicos diários. A simulação das culturas dentro dos sistemas I, II, III e IV de rotação de culturas, para cada ano agrícola, foi realizada em função de cinco épocas de semeadura das culturas de inverno (trigo e aveia), espaçadas de 15 em 15 dias (primeira quinzena de maio; segunda quinzena de maio; primeira quinzena de junho; segunda quinzena de junho e primeira quinzena de julho). Foram estimadas a lâmina e o número de irrigações necessárias para suprir as necessidades hídricas das culturas, a partir de informações de capacidade de armazenamento de água disponível no solo, estádio de desenvolvimento e condições meteorológicas. Os custos de produção das diferentes culturas foram estimados, através do cálculo dos custos de implantação, condução e irrigação das culturas. A estimativa dos custos relacionados à irrigação foi realizada para uma área irrigada de 380 ha. A análise de investimento consistiu na determinação do tempo de retorno e do capital acumulado no final do período de 10 anos (1990-2000) para as seguintes alternativas de investimento de um valor de R$ 1.258.344,00 (Um milhão, duzentos e cinqüenta e oito mil e trezentos e quarenta e quatro reais): (i) implantação de irrigação em 380 ha; (ii) aquisição de 134,22 hectares e; (iii) aplicação financeira do capital. Os resultados simulados demonstraram que para todos os anos e épocas de semeadura simuladas, para as culturas da soja, milho e milho safrinha, feijão e feijão safrinha, para as cidades de Santa Maria e Cruz Alta, houve necessidade de complementação das necessidades hídricas das culturas através de irrigação. A lâmina de irrigação acumulada necessária para atender as necessidades hídricas das culturas da soja, milho e milho safrinha, feijão e feijão safrinha variou com a época de semeadura e região de cultivo. A cultura que necessitou a menor lâmina de irrigação foi a cultura do feijão cultivado na safrinha. A maior receita líquida acumulada, entre os sistemas de rotação de culturas, verificada para Santa Maria e Cruz Alta, foi observado para o sistema IV de rotação de culturas no terceiro, sexto e nono ano de cultivo, para a primeira, segunda e terceira épocas de semeadura da cultura de inverno, respectivamente, na sucessão trigo-feijão-milho safrinha. O investimento em irrigação resultou no pagamento do investimento em 5,5 anos para o sistema I, em 4,5 anos para aos sistemas II e III e em 3,5 anos para o sistema IV de rotação de cultura, simulados para as duas regiões analisadas. O investimento em aquisição de terras resultou no pagamento do investimento em 4,5 anos para as duas regiões. O investimento em irrigação, foi a alternativa que apresentou a maior receita líquida acumulada no final do período (R$ 3.024.395,00) em comparação com as alternativas de investimento em aquisição de terras (R$ 1.892.259,00) e aplicação financeira (R$ 2.894.677,00) para as cidades de Santa Maria e Cruz Alta.
URI
http://repositorio.ufsm.br/handle/1/3646
Coleções
  • Programa de Pós-Graduação em Engenharia Agrícola [184]

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