Ciclagem biogeoquímica dos nutrientes em uma plantação de Pinus taeda L. no Nordeste Argentino
Fecha
2011-03-18Primeiro membro da banca
Trüby, Peter
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O objetivo deste estudo foi caracterizar fluxos hídricos e nutricionais em uma plantação de Pinus taeda com 12 anos de idade, localizada no Nordeste da Argentina. As deposições atmosféricas e a distribuição da precipitação global em precipitação interna, escorrimento pelo tronco e perdas por interceptação do dossel, bem como a composição química da solução do solo na plantação de pinus e em área de campo, foram avaliadas durante o período de um ano. Três pluviômetros foram instalados na área de campo para medir e coletar a precipitação global. Para medir a precipitação interna, 12 pluviômetros foram instalados no interior da plantação e 12 coletores foram utilizados (em árvores selecionadas) para determinar o escorrimento pelo tronco. Para estudar a composição química da solução do solo, foram instaladas duas bases de lisímetros de tensão: uma na plantação de Pinus taeda e outra em área de campo. Para coletar a solução do solo nas profundidades de 30 e 70 cm, 16 lisímetros foram posicionados em cada área. A biomassa foi quantificada e o estoque de nutrientes foi estimado em diferentes componentes das árvores, assim como a serapilheira acumulada sobre o solo, e o solo a 1 m de profundidade. A precipitação anual foi de 2228 mm, sendo que a interceptação pelo dossel do pinus foi de 26,5%, e a precipitação efetiva foi de 73,5%, da qual 68,9% foram da precipitação interna e 4,6% do escorrimento pelo tronco. Os principais íons que entraram pela precipitação foram os ânions N-NO3-, SO42- e N-NO2- e os cátions Na+ e Ca2+. A passagem da água da chuva pelas copas e troncos ocasionou a adição de vários elementos, principalmente de potássio e de magnésio. A solução do solo sob plantação de pinus apresentou uma elevada concentração de íons, principalmente de cátions básicos (trocáveis) em sua composição quando comparada com a área de campo, indicando a importância da ciclagem de nutrientes no ecossistema florestal. O maior estoque de nutrientes no povoamento se encontra na biomassa não comercial (acículas, galhos, raízes e serapilheira), mostrando que dependendo das práticas adotadas de manejo, a saída de nutrientes pode ser menor do que o estoque que permanece no sítio depois da colheita florestal.