Multiplicação in vitro e ex vitro de Ilex paraguariensis A. Saint Hilaire (erva-mate)
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Data
2013-08-02Primeiro membro da banca
Araujo, Maristela Machado
Metadata
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A erva-mate (Ilex paraguariensis A. Saint Hilaire) exerce uma grande importância
econômica, social e ecológica em toda a região sul do Brasil, no entanto, ainda necessita de
protocolos eficientes para a propagação vegetativa de mudas visando o plantio de
povoamentos com clones selecionados. Esse trabalho teve como objetivo estudar tecnologias
de propagação vegetativa voltado à produção massal de mudas de erva-mate por meio da
micropropagação in vitro, microestaquia e miniestaquia. Foi avaliada a propagação de
explantes oriundos de segmentos apicais e segmentos nodais de erva-mate de oito clones
estabelecidos in vitro e em quatro cultivos. Também foi avaliada a aclimatização e o
enraizamento ex vitro de microestacas, testando diferentes substratos, separados em dois
experimentos. No experimento um, os substratos foram utilizados puros (casca de arroz
carbonizada, areia grossa, vermiculita média, fibra de coco e substrato comercial à base de
casca de pinus) e no segundo experimento, os substratos foram utilizados em combinações e
em iguais proporções (casca de arroz carbonizada e areia grossa; casca de arroz carbonizada,
areia grossa e substrato comercial à base de casca de pinus; casca de arroz carbonizada e
substrato comercial a base de casca de pinus). Miniestacas de erva-mate de duas coletas e de
quatro clones (CE1, CE2, EF6 e EF7) foram tratadas com e sem ácido 3-indolibutírico (AIB)
na dose de 1.000 mg L-1 e então colocadas em substrato composto por casca de arroz
carbonizada, areia de granulometria grossa e substrato comercial a base de casca de pinus. Os
clones CE1 e CE2 foram provenientes de microestacas enraizadas ex vitro e aclimatizadas em
casa de vegetação, e os clones EF6 e EF7 foram oriundos de estacas enraizadas de brotações
epicórmicas de duas matrizes adultas. A partir da segunda coleta, foi acompanhada a evolução
do enraizamento dos quatro clones em avaliação aos 15, 30, 45, 60 e 75 dias. É possível a
manutenção de banco de germoplasma de erva-mate, sendo que plantas completas oriundas de
segmentos nodais e segmentos apicais enraizados in vitro, podem ser aclimatizados em casa
de vegetação para a produção de mudas de erva-mate, com a competência dos explantes mantida ao longo de quatro cultivos. Microestacas de erva-mate podem ser aclimatizadas e
enraizadas ex vitro, utilizando como substrato a composição de mesmas proporções de casca
de arroz carbonizada e substrato comercial à base de casca de pinus ou com o substrato de
casca de arroz carbonizada, areia grossa e substrato comercial a base de casca de pinus. Na
miniestaquia de erva-mate, os clones diferem na competência ao enraizamento e no período
de indução à iniciação radicial, sendo que a aplicação de ácido 3-indolibutírico na dose de
1.000 mg L-1 não afeta o enraizamento de miniestacas de erva-mate. O sistema fechado de
cultivo em areia é viável para a condução e o manejo de minicepas de erva-mate visando a
coleta de miniestacas.