Propagação e diversidade genética de Cabralea canjerana (Vell.) Mart.
Fecha
2014-12-19Metadatos
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A produção seminal de mudas de canjerana tem sido limitada pela dificuldade de
germinação, ocasionada pelo comportamento recalcitrante das sementes. O objetivo
deste trabalho foi desenvolver a micropropagação para auxiliar a conservação e
multiplicação de genótipos superiores, estudar a microestaquia e miniestaquia para
a produção massal de mudas, e avaliar a diversidade genética da canjerana. Na
micropropagação, sementes de canjerana foram desinfetadas com 0; 2,5; 5,0; 7,5 e
10,0% de hipoclorito de sódio para a produção de plantas assépticas e cultivadas
em meios MS e WPM. Segmentos nodais das plântulas foram inoculados em meio
WPM acrescido de 0 ou 2,5 μM de BAP, KIN ou TDZ, bem como acrescido de 0; 1;
3; 6; 9 e 12 μM de BAP. Microestacas foram cultivados nos meios MS e WPM
acrescido de 0 ou 5,0 μM de AIB e ANA. As microestacas enraizadas foram
aclimatizadas em câmara úmida e em casa de vegetação. O maior percentual de
sementes descontaminadas foi produzido usando uma solução de 7,5% de NaOCl
por 10, 20 e 30 minutos. Tanto BAP, KIN e TDZ em iguais concentrações quanto o
aumento das concentrações de BAP no meio WPM não aumentaram o número e
nem comprimento das brotações. O meio de cultura e a auxina não afetaram a
sobrevivência de microestacas, mas a adição de 5,0 μM de ANA aumentou a
porcentagem de enraizamento e sobrevivência durante a aclimatização. Segmentos
nodais e microcepas tiveram baixa taxa de multiplicação. Microestacas enraizaram
em meio WPM ou MS acrescido de 5,0 μM de ANA. As mudas produzidas podem
ser mantidas in vitro ou aclimatizadas para serem utilizadas como plantas matrizes
do microjardim clonal. Para a produção de mudas de canjerana por miniestaquia
foram avaliadas as concentrações de AIB e diferentes substratos. Miniestacas foram
tratadas com 2000 mg L-1 de AIB e plantadas em substrato comercial; areia grossa;
casca de arroz carbonizada; e a combinação em iguais proporções de substrado
comercial, areia grossa e casca de arroz carbonizada. Miniestacas apicais e nodais
foram tratados com 0; 1000; 2000 e 3000 mg L-1 de AIB e plantadas em uma
combinação de substrato comercial, areia grossa e casca de arroz carbonizada.
Além disso, a produtividade de minicepas e o enraizamento de miniestacas foram
avaliados em três clones de canjerana. A combinação de substrato comercial, areia
grossa e casca de arroz carbonizada maximizaram o enraizamento das miniestacas.
Miniestacas nodais tiveram maior capacidade de enraizamento do que as apicais. A
aplicação de 3000 mg L-1 de AIB aumentou o enraizamento e o crescimento de
miniestacas de canjerana. Clones de canjerana diferem na porcentagem de
enraizamento e na sobrevivência das miniestacas. A diversidade genética entre e
dentro de progênies de três matrizes de canjerana foi avaliada por microsatélites. A
frequência alélica foi calculada para cada banda e a heterozigose e o conteúdo de
informação polimórfica foram obtidos para cada par de primers, cada progênie e
para a combinação dos 32 genótipos de canjerana. Os resultados indicam a
existência de alta variabilidade genética, tanto entre quanto dentro das progênies
avaliadas, possibilitando a formação de grupos com genótipos oriundos de
diferentes progênies. Assim, alta variabilidade genética pode ser mantida a partir de
clones de progênies de matrizes selecionadas.