O papel da creatina e do exercício físico nas convulsões induzidas por pentilenotetrazol em ratos
Fecha
2013-01-31Metadatos
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A epilepsia está entre as desordens neurológicas graves mais comuns no mundo. Apesar dos avanços no estudo patofisiológico e no tratamento dessa condição, cerca de 30% dos pacientes não respondem satisfatoriamente ao tratamento farmacológico disponível atualmente. Nesse sentido, a busca por novas terapias que possam auxiliar no tratamento desta condição é essencial. A presente tese buscou investigar o efeito e os mecanismos envolvidos na suplementação com creatina e no exercício físico, sobre um modelo de convulsões induzidas por pentilenotetrazol (PTZ). Os resultados aqui apresentados demonstraram que o exercício físico, a suplementação aguda e crônica com creatina assim como a combinação entre o exercício físico e a suplementação crônica com creatina protegeram das convulsões induzidas por PTZ. Verificou-se também que o exercício físico aumentou a atividade da enzima superóxido dismutase (SOD) e o conteúdo de grupamentos tióis per se. Além disso, a suplementação crônica com creatina também aumentou o conteúdo de grupamentos tióis e a administração aguda com creatina aumentou o potencial de membrana mitocondrial () per se. Somando-se a isso, tanto a suplementação crônica com creatina, quanto o programa de atividade física, ou sua combinação, controlaram o aumento na lipoperoxidação e na carbonilação de proteínas, a redução no conteúdo de grupamentos tióis não-protéicos e da atividade das enzimas SOD, Catalase (CAT) e Na+,K+-ATPase, induzidas pela injeção de PTZ. Semelhantemente, o tratamento agudo com creatina preveniu contra a redução da atividade da enzima Na+,K+-ATPase e xantina oxidase, redução no potencial de membrana mitocondrial e nos conteúdos de ATP e ADP, aumento nos conteúdos de AMP, Adenosina, Inosina, Ácido Úrico, proteína carbonilada e lipoperoxidação, após convulsões induzidas por PTZ. Esses resultados indicam que o aumento nas defesas antioxidantes e a manutenção nos estoques energéticos exercidos pela atividade física e pela suplementação aguda e crônica com creatina podem ser os possíveis mecanismos envolvidos na proteção contra as convulsões e as alterações neuroquímicas induzidas pela injeção de PTZ. Levando em conta a alta demanda energética presente em desordens com fenótipo epiléptico, além do conhecido componente oxidativo envolvido tanto na epileptogênese quanto na propagação de crises, a atividade física e a suplementação com creatina podem ser consideradas potenciais terapias auxiliares para o tratamento de condições que apresentem fenótipo epiléptico.