Aceitação do ensino a distância: um estudo com alunos do PNAP/UAB da Universidade Federal de Santa Maria
Resumo
Com o crescimento do ensino a distância no Brasil, dois temas são recorrentes: a
democratização do acesso ao ensino superior e a necessidade da formação das pessoas, como
fator para a qualificação profissional. Observa-se que a efetivação dos benefícios esperados
com a implementação do ensino a distância nas instituições de ensino depende da aceitação
desta inovação pelos alunos. Neste contexto, a compreensão da aceitação individual do ensino
a distância fornece subsídios importantes para identificar potenciais resistências. Dessa forma,
este estudo teve como objetivo geral diagnosticar os fatores que influenciam os alunos a
aceitar o ensino a distância. Para tanto, foi averiguada a aceitação do ensino a distância
utilizando a escala de Lee (2010) e aplicada a escala de Kirton (1976) para verificar o estilo
cognitivo dos alunos. Foi conduzida uma pesquisa do tipo survey, com 236 alunos do
Programa Nacional de Formação de Administração Pública da Universidade Federal de Santa
Maria e utilizou-se a Modelagem de Equações Estruturais como técnica principal para a
análise dos dados. O modelo de Lee (2010) mostrou-se adequado para compreender a
aceitação do ensino a distância, pois a Análise Fatorial Confirmatória apresentou bons índices
de ajuste. Para responder as hipóteses do estudo, foi realizada a Modelagem de Equações
Estruturais com a amostra total. Das treze hipóteses propostas, oito foram confirmadas: a
utilidade possui relação com a confirmação; facilidade influencia a utilidade; confirmação
possui relação com a satisfação; utilidade possui relação com a atitude de uso; facilidade
possui relação com atitude de uso; diversão possui relação com a atitude de uso; satisfação
influencia a atitude de uso; e a relação de dependência entre concentração e atitude de uso é
negativa.