Propagação in vitro e ex vitro de Symplocos uniflora (Pohl.) Benth. (Symplocaceae)
Abstract
Symplocos uniflora (Symplocaceae) é uma árvore que atinge até 10 m de altura, nativa e conhecida popularmente como pau-de-canga, maria-mole-do-banhado e sete-sangria. O trabalho visou estudar a propagação sexuada e vegetativa da espécie, através de protocolos para a germinação de sementes e micropropagação. Endocarpos concrescidos com as sementes (diásporos) foram utilizados para estudos da germinação das sementes avaliando temperatura de armazenamento (10 e 25ºC), temperaturas de incubação (15, 20, 25 e 30ºC), regimes de luz (fotoperíodo de 16 horas e escuro contínuo), época de coleta dos frutos (janeiro e março de 2013), escarificação química (ácido sulfúrico concentrado por 10 minutos), escarificação mecânica (desponte do endocarpo) e ácido giberélico (GA3), 1,5 m L-1. Plantas cultivadas em casa de vegetação, com 18 meses de idade, foram utilizadas como doadoras de explantes (segmento nodal e apical), visando à obtenção da organogênese direta. No estudo foi utilizado o meio MS e diferentes combinações (tratamentos) de ácido naftalenoacético (ANA) e 6-benzilaminopurina (BAP), em mg L-1: 0,0; 0,1; 0,2 e 0,4 e 0,0; 1,0; 2,0 e 4,0, respectivamente. A temperatura de 25ºC promoveu a maior porcentagem de germinação das sementes (24%). Frutos maduros apresentaram as melhores porcentagens de germinação (30%) e índice de velocidade de germinação (1,19). A presença de luz favoreceu à germinação das sementes, sendo classificadas como fotoblásticas positivas preferenciais. O tratamento pré-germinativo com ácido sulfúrico concentrado por 10 minutos promoveu a superação da dormência das sementes. Na germinação in vitro o uso de GA3 no meio de cultura propiciou os melhores índices de velocidade de germinação (0,18), não influenciando na porcentagem da mesma. No cultivo in vitro, a maior porcentagem de explantes com brotações aéreas (29%) ocorreu na combinação de 0,2 mg L-1 de ANA e 2,0 mg L-1 de BAP, sem ocorrência de formação de raízes. Os explantes utilizados e brotações obtidas in vitro apresentaram taxas de oxidação variando de 10 a 70%.