Respostas agronômicas e ecofisiológicas da cultura da canola ao excesso hídrico
Fecha
2016-02-19Metadatos
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Objetivou-se com esse trabalho avaliar as respostas agronômicas e ecofisiológicas de cultivares de canola submetidas ao excesso hídrico no solo, determinando-se quais os estádios de maior sensibilidade da cultura, o período de tempo com excesso hídrico tolerado e cultivares mais tolerantes. Quatro experimentos foram instalados, dois a campo e dois em casa de vegetação. Os experimentos de campo foram realizados em dois anos agrícolas, 2014 e 2015, na Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, RS, em delineamento em blocos casualizados, com parcelas subdivididas, em esquema fatorial 2 x 3, sendo os fatores, dreno (com dreno e sem dreno) e cultivares de canola (Hyola 433, Hyola 411 e Hyola 61), com quatro repetições. Determinou-se altura de plantas, número de folhas, área foliar, duração dos subperíodos de desenvolvimento, condutância foliar, taxa fotossintética e componentes de rendimento de grãos. O experimento de casa de vegetação foi conduzido no ano de 2015, em delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial 4 x 5 em Santa Maria, RS, e fatorial com tratamento adicional 5 x 4 + 1 em São Vicente do Sul, RS, sendo os fatores estádios fenológicos e 0, 24, 48, 96 e 192 h de excesso hídrico contínuo, com 3 repetições. Determinou-se o índice de velocidade de emergência, porcentagem de emergência e componentes de rendimento. O excesso hídrico no solo causa alterações morfológicas, fenológicas, ecofisiológicas e produtivas na cultura da canola. No subperíodo semeadura-emergência, o excesso hídrico no solo por períodos prolongados resulta na redução da população de plantas. Após a emergência das plantas, os estádios de formação de roseta e início da antese são os mais críticos para a cultura da canola. A população de plantas e o número de síliquas por planta são as variáveis que mais influenciam a produtividade de grãos da canola em locais com excesso hídrico. O uso de drenos é eficiente para permitir o estabelecimento e desenvolvimento da canola em condições de excesso hídrico. O tempo em que a canola suporta o excesso hídrico sem comprometer a produtividade de grãos depende do estádio fenológico, porém, 24 h de excesso hídrico são capazes de reduzir a velocidade de emergência, o número de síliquas por planta, a massa seca da parte aérea e a produtividade de grãos. A produtividade de grãos é mais prejudicada quando o excesso hídrico ocorre na formação de roseta e no início da antese. Existe uma relação decrescente entre o aumento no período de excesso hídrico e a produtividade de grãos na cultura da canola. As cultivares Hyola 411 e Hyola 433 podem ser promissoras para cultivo em locais com excesso hídrico. A cultivar Hyola 61 tem potencial produtivo, porém, parece ser mais sensível ao excesso hídrico no solo.