Perdas de solo e água por erosão hídrica em sistemas de culturas oleaginosas
Fecha
2010-03-30Metadatos
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A sustentabilidade da produção de oleaginosas está na dependência das práticas agrícolas, sendo a erosão a mais preocupante forma de degradação do solo. Desta forma, desenvolveu-se um estudo no campus da UFSM, cidade de Santa Maria, entre outubro de 2007 e outubro de 2009, com o objetivo de avaliar as perdas de solo e água por erosão hídrica em sistemas de rotação de culturas oleaginosas e
plantas de cobertura. O clima da região é do tipo Cfa , com precipitação média anual de 1686 mm. O solo com declividade de 6,5% é classificado como Argissolo Vermelho Distrófico arênico. A unidade experimental constitui-se de uma parcela com dimensões de 3 m de largura e 15 m de comprimento. O
delineamento experimental é inteiramente casualizado, com duas repetições. Os tratamentos consistem de três rotações: R1 (soja, aveia preta + ervilhaca, mamona + amendoim e canola), R2 (mamona + amendoim, nabo, girassol e aveia preta + ervilhaca) e R3 (girassol, canola, soja e nabo). Determinouse o rendimento da massa seca das culturas de verão e inverno, e a produção de grãos das culturas
oleaginosas de verão. Realizou-se a amostragem e medição da enxurrada de cada chuva, sendo as perdas de solo e água calculadas, utilizando-se o programa computacional Excel. Os resultados de perdas de solo foram expressos em kg ha-1 e as perdas de água em % em relação à chuva. O índice de
erosividade (EI30, MJ mm ha-1 h-1), foi determinado pelo programa Chuveros, a partir do qual se obteve a erosividade acumulada para cada período das culturas. Procedeu-se também a caracterização física (Dp, Ds, Pt, macro e microporosidade, DMG, DMP e distribuição do tamanho dos agregados em água), nas profundidades de 0-8 e 8-16 cm, e química (MO, macro e micronutrientes) nas profundidades de 0-5 e 5-20 cm. Aos valores obtidos, foi aplicado o teste de Tukey para comparação das médias dos tratamentos. Observa-se que a canola, quando comparada às demais culturas de inverno, apresenta uma redução significativa da MS no inverno de 2008 (R3) e também no inverno de
2009 (R1). Verifica-se que são superiores à produtividade de grãos das culturas da R2 (verão 2007/06) e R1 (verão 2008/09), ambas constituídas pelo consórcio entre mamona + amendoim, elevando significativamente o total de grãos produzido neste consórcio. Verifica-se em 2009, uma tendência de diminuição da Ds, DMP e agregados de maior tamanho, favorecendo as classes de menor tamanho. As
alterações nas características químicas podem ser atribuídas à aplicação de corretivos e as modificações nos teores de MO que ocorrem em profundidade. As perdas de solo e água aumentam na medida em que diminui a MS adicionada pelas culturas. Mesmo que se considere a R3, onde se obteve
as maiores perdas de solo (4641 kg ha-1) e água (23,33%), observa-se que os valores obtidos neste trabalho são baixos. A produção de grãos da soja e do girassol é significativamente menor que o cultivo consorciado da mamona com o amendoim.