Perfil fitoquímico e avaliação dos principais efeitos biológicos e imunológicos In Vitro da Euphorbia tirucalli L.
Fecha
2007-12-12Metadatos
Mostrar el registro completo del ítemResumen
Atualmente podemos encontrar facilmente as mais diversas informações sobre uma determinada planta
medicinal, mas que carecem de fundamento científico, tornando assim seu uso um potencial risco a saúde. Em
geral, as conclusões sobre segurança e eficácia são baseadas em avaliações precárias do uso popular. Portanto, há
necessidade de que profissionais qualificados possam, além de acessar tais informações, analisá-las criticamente
para disponibilizá-las de forma que sejam facilmente compreendidas, não só por profissionais da saúde, mas
também pelos usuários destes produtos. Um exemplo destas plantas utilizadas na medicina popular, mas sem
comprovação científica, é a Euphorbia tirucalli L., conhecida popularmente como Graveto-do-cão, Árvore
Lápis, ou mais comumente como Aveloz. Esta planta tem sido utilizada para o tratamento de inúmeras
enfermidades, como afecções microbianas, problemas de imunossupressão, cicatrização de berrugas e até mesmo
no tratamento do câncer. Entretanto, alguns trabalhos revelam justamente o contrário, ou seja, que o látex da
Euphorbia tirucalli pode causar imunossupressão, e freqüentemente encontra-se associado ao aparecimento do
Linfoma de Burkitt, que é um tipo de câncer.
Foram isolados e identificados por cromatografia gasosa acoplada a espectrometria de massas, 03
hidrocarbonetos, 07 ácidos graxos de cadeia longa, 02 esteróides, 03 compostos do metabolismo vegetal e 01
triterpeno, não relatado até o momento, o qual foi isolado da fração hexânica e identificado como sendo o lupeol.
Foi realizada uma análise fitoquímica preliminar, o que permitiu a visualização dos grupos de compostos
presentes na planta. A quantidade de polifenóis e taninos condensados foi determinada na planta e suas frações.
Realizou-se o teste de atividade antioxidante e com ele verificamos uma excelente atividade das frações éter
etílico e acetato de etila. Analisou-se a atividade antimicrobiana da planta e obtivemos resultados excelentes para os fungos Candida albicans, Candida glabrata e Saccharomyces cereviseae, bem como para a alga oportunista
Prototheca zopfii. Realizou-se um estudo de toxicidade sobre a Artemia salina e estudo de toxicidade oral aguda.
Os resultados apontam a espécie como sendo não tóxica. O látex da E. tirucalli, mesmo em doses pequenas (1%)
pode causar inibição (in vitro) a enzima Acetilcolinesterase Humana. Uma acentuada atividade inibitória sobre a
agregação plaquetária foi observada. O extrato da planta sobre cultura de células sanguíneas de ratos Wistar (exvivo)
causou diminuição do número de leucocitos, linfócito e plaquetas.