Mulheres por trás dos trilhos: história e oralidade sobre educação, trabalho e política nas famílias ferroviárias do RS
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Data
2013-04-25Autor
Silva, Juliana Franchi da 
Primeiro orientador
Flôres, João Rodolpho Amaral
Primeiro membro da banca
Zanini, Maria Catarina Chitolina
Segundo membro da banca
Andrade, Carmen Maria
Terceiro membro da banca
Konrad, Glaucia Vieira Ramos
Metadata
Mostrar registro completoResumo
As mulheres por muito tempo foram vistas como seres acessórios, secundários e inferiores no meio
operário brasileiro e na sociedade como um todo. Esta dissertação se propõe a demonstrar que no
meio operário ferroviário do Rio Grande do Sul elas obtiveram um espaço e uma visibilidade
significativos no espectro social. Trabalho este que tem por objeto de estudo perscrutar as possíveis
influências políticas e religiosas sobre as famílias no meio operário ferroviário do Rio Grande do Sul,
como de modo particular foram o Positivismo, o Trabalhismo e a teologia Católica, no que tange às
vivências sociais das mulheres enfocadas de modo especial nos seus cotidianos de trabalho e
educação. Para a consecução da dissertação, propomos que a metodologia englobe contribuições da
história oral, pois até bem pouco tempo a história das mulheres foi ignorada pelos historiadores e
analistas sociais, em parte porque a vida delas, ligada ao lar ou ao trabalho desorganizado ou
temporário, muito frequentemente transcorreu sem ser documentada. Por isso, a utilização de
entrevistas com as colaboradoras, isto é, esposas e filhas de ferroviários são imprescindíveis para
que se possam apontar os caminhos da presente pesquisa. Da mesma forma, o uso de bibliografias
abalizadas e documentos empíricos significativos para o trato do objeto, considerando-se as
referências de autores que estudaram a história da ferrovia e, outros, a história das mulheres. Suas
vidas e participação na sociedade são marcadas por avanços e retrocessos. Apesar da educação
proporcionada também atuar como uma espécie de manutenção da ordem no espaço doméstico,
através dela foi possível a saída para o mundo do trabalho. Muitas transformações foram
possibilitadas pelo impacto da escolaridade. Apesar do silêncio ou da invisibilidade sempre pesar
mais fortemente sobre as mulheres, em razão da desigualdade dos sexos, não se pode dizer que
elas não atuavam. Sendo, então, importante que essa pesquisa possa contribuir para a história das
mulheres no mundo ferroviário. Enfim, a história continua a se fazer e as mulheres continuam a se
libertar/emancipar.